Modelagem da formação e emissão de hidrocarbonetos em motores a gás.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1999
Autor(a) principal: Silva, Lydia Lopes Correia da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/3/3132/tde-24072024-102439/
Resumo: Uma maior conscientização ambiental tem despertado no país muito interesse em relação à utilização do gás natural, como combustível no transporte público. Quando em substituição ao óleo diesel, usado nas frotas de ônibus dos grandes centros urbanos, o gás natural veicular possibilita substancial redução da emissão de particulados; comparativamente à gasolina, nota-se redução de emissão de hidrocarbonetos, notadamente os reativos. É neste quadro de crescentes esforços dedicados ao desenvolvimento de motores movidos a gás natural, que tem se revelado a importância dos estudos voltados à compreensão dos mecanismos de formação e emissão de poluentes, principalmente dos hidrocarbonetos, devido à natureza complexa dos fenômenos fluido-mecânicos e químicos envolvidos. O objetivo central do estudo foi o desenvolvimento de modelo simulador da formação e emissão de hidrocarbonetos em motores de ignição por centelha (Otto) operando com gás natural, levando-se em conta os mecanismos de expansão, após a fase de combustão principal, do combustível não queimado retido nas frestas da câmara de combustão, a difusão deste em direção às regiões centrais do cilindro, contendo produtos da combustão a altas temperaturas, e sua subsequente reação química - pós oxidação dos hidrocarbonetos. A partir de modelo unidimensional de transporte e oxidação dos gases não queimados que emergem das frestas, foi elaborado um programa computacionalcapaz deestimar os níveis de emissões de hidrocarbonetos em motores a gás. Os resultados da simulação apresentaram tendências coerentes com relação às variações operacionais do motor (carga e rotação) e indicaram que o modelo simulador respondeu às variações de evolução da temperatura no cilindro, representadas pela mudança de gás combustível. Análise comparativa com dados experimentais indicaram que em geral, exceção para a operação em carga parcial, as frações de metano que permaneceram não queimadas no cilindro foram subestimadas. Tal constatação , reforçada pelo fato de terem sido encontrados na simulação valores relativamente baixos de temperatura mínima de oxidação, leva à consideração de que a razão de queima dos hidrocarbonetos possa ter sido superestimada, provavelmente em decorrência do emprego de uma relação global de oxidação do metano, não propriamente adequada para as faixas de temperatura e pressão do ciclo de trabalho de motores de combustão interna.