Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
Mantolvani, Rosangela Manhas |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8156/tde-28092010-151116/
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Resumo: |
Os romances Memorial do Convento, de José Saramago, e A gloriosa família: o tempo dos flamengos, de Pepetela, são considerados como novos romances históricos, cuja forma tem origem tanto na estrutura do romance histórico de matriz realista, teorizado por Lukács, quanto nos primeiros novos romances históricos criados em Cuba, por Alejo Carpentier, a partir de 1949, consideradas suas singulares diferenças em relação aos contextos de origem, pois confirmam diálogos com certos elementos da tradição dos romances produzidos em cada um de seus sistemas literários. Assim, por pertencerem a um subgênero que estabelece uma ruptura com o paradigma dos romances históricos produzidos no momento do Romantismo e do Realismo, essa nova forma apresenta características próprias, cujos discursos projetam tanto as ideologias dominantes de época quanto outras formas de pensamento, as quais asseguram um contradiscurso que percorre os textos, como enunciados secundários, articulados a partir de discursos primários. Os posicionamentos enunciativos, bem como a configuração de seus narradores revelam lugares sociais considerados excêntricos, assim como os discursos que veiculam em relação à história oficial, à qual procuram tanto parafrasear, estilizar quanto parodiar. E, algumas vezes, lidam com apropriações do texto histórico canônico, exatamente com o objetivo de subverter o sentido dessa escrita como um discurso bem sucedido das elites do tempo histórico-diegético, privilegiando a visão dos narradores e das personagens excêntricos. Dessa maneira, os discursos excêntricos possuem algumas temáticas que se alinham à história percebida como pesadelo, enfatizadas em ambos os romances e desveladas pelos implícitos e inferências, como a crítica aos Impérios e seus valores; crítica ao Monopólio e suas dinâmicas; à dominação de outros povos e grupos por meio da força bruta; ao caos existencial gerado pelas elites sobre as dinâmicas sócio-culturais dos grupos submetidos; à ideologia monódica, em confronto com outras formas culturais; aos prejuízos materiais e emocionais impostos pelas elites às classes subalternas: às desigualdades sociais como geradoras de exclusões, entre outras. Trazem implícitos, também, os discursos sobre a formação de identidades singulares pela constante mestiçagem ou pela exclusão racial ou social. |