Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2005 |
Autor(a) principal: |
Almeida, Mariza Silva |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/83/83131/tde-16052005-083231/
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Resumo: |
Entendendo que o gênero perpassa todos os espaços sociais, este estudo foi desenvolvido sob tal enfoque, objetivando identificar a visão das puérperas sobre os cuidados de enfermagem recebidos por elas, durante sua internação; analisar as necessidades das puérperas que demandam cuidados de enfermagem, durante a internação, e identificar subsídios para a construção de indicadores de gênero para o cuidado de enfermagem à puérpera, durante a internação, com base nas necessidades identificadas. Para viabilizar os objetivos desta tese, adotamos uma metodologia qualitativa, tendo o gênero como abordagem teórica e metodológica principal. O estudo foi realizado com 58 mulheres que se encontravam nos primeiros 10 dias pós-parto normal, sem intercorrência clínica ou obstétrica, numa maternidade pública de Salvador Bahia, sendo que 25 delas participaram do primeiro momento das entrevistas e 33, no segundo momento, por meio das oficinas de reflexão. Para operacionalizar a técnica e tratar os dados coletados, optamos por utilizar a análise de conteúdo, modalidade temática norteada por Bardin (1977). O interesse em conhecer as necessidades de gênero das mulheres e os cuidados de enfermagem necessários para o seu atendimento, durante sua internação no Alojamento Conjunto, conduziu-nos à apreensão de várias ordens de necessidades práticas. Sentiram-se acolhidas, cuidadas e respeitadas no parto anterior, em contraposição ao parto atual, no qual experienciaram o descuido, a desatenção, numa relação impessoal, agressiva, por parte das profissionais de enfermagem, conduzindo-as ao sentimento de desprezo e de humilhação. Apesar de terem expectativas de serem ouvidas, examinadas e avaliadas nas suas condições físicas, sentiram-se desamparadas e frustradas por não serem atendidas em suas necessidades. Em razão da dificuldade de acesso ao atendimento, disseram que, mesmo a contragosto, procuraram os serviços dessa maternidade. Houve a necessidade da presença da família, ao desejarem ter um (a) acompanhante, receber a visita dos filhos menores e sair de alta precoce. A informação, orientação e segurança, explicitadas em suas falas, indicavam que acreditavam que um serviço gratuito de saúde atenderia a esses componentes. Tinham como necessidade de conforto uma melhor alimentação em relação à quantidade e à qualidade, além de um ambiente agradável, higienizado e acolhedor. Indicaram que outros elementos como a disposição de espaço e condições para o lazer o tornariam mais aprazível e diminuiriam a monotonia. Revelaram a necessidade de cuidar da aparência, sentindo-se mal vestidas e despenteadas, demonstrando o desejo de melhorar a auto-imagem. A partir dessas categorias, elaboramos elementos de subsídios para a construção de indicadores de gênero que possibilitará a enfermagem prestar a assistência com mais qualidade e menos iniqüidade de gênero. A proposição dos indicadores de gênero não deve ser visto como domínio exclusivo da enfermagem, mas como um instrumento de apoio decisório para o atendimento às necessidades das mulheres no puerpério, contribuindo sobremaneira para o planejamento, gestão, monitoramento e avaliação da assistência. |