O processo de notificação da queixa técnica de material de consumo de uso hospitalar no contexto do gerenciamento de recursos materiais em um hospital universitário público

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Gil, Roseli Broggi
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22132/tde-29082011-150211/
Resumo: O gerenciamento de recursos materiais na área hospitalar tem assumido destaque principalmente com os avanços tecnológicos ocorridos nas últimas décadas. A incorporação de tecnologia sofisticada pode ser percebida pelo aumento da complexidade das práticas assistenciais e dos desafios que os gestores de instituições públicas e privadas enfrentam diante do aumento da oferta de produtos, que visam maior segurança aos pacientes e equipe de profissionais que lhes assistem, e do consumo dos materiais médico-hospitalares, com consequente elevação dos custos na prestação de serviços. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) tem como atribuição a regulamentação e regulação dos produtos para a área da saúde como forma de promover a vigilância em saúde e subsidiar as instituições quanto ao controle dos produtos na fase de pós-comercialização. Compete à Gerência de Risco Hospitalar o controle dos produtos das áreas de Tecnovigilância, Hemovigilância e Farmacovigilância. O objetivo desta pesquisa é analisar o processo de notificação da queixa técnica de material de consumo de uso hospitalar no contexto do gerenciamento de recursos materiais em um hospital universitário público, no período de 2007 a 2009. Trata-se de um estudo descritivo, retrospectivo, documental com abordagem quantitativa. Compreende a análise de 409 Impressos de Notificação, enviados para a Seção de Parecer Técnico, utilizados na instituição para formalizar o relato da ocorrência de queixa técnica. Destes, 260 preenchem os critérios de inclusão, constituindo-se na população investigada. As notificações analisadas estão agrupadas de acordo com sua finalidade, formando-se três grupos: material médico-hospitalar, material para higiene pessoal e material para uso no processo de esterilização. A construção do fluxograma do encaminhamento do Impresso de Notificação para material padronizado evidencia que a sequência de trabalho possibilita a caracterização da ação dos profissionais e das instâncias de decisão. No conjunto dos anos em análise, o mês de junho apresenta o maior número de notificações (36). Em relação à queixa técnica evidenciam-se os maiores índices no grupo de material médico-hospitalar. Os produtos identificados com maior frequência de notificação são representados pela luva cirúrgica, dispositivo de acesso venoso, equipo, seringa, papel toalha interfolha, fralda e embalagem para processo de esterilização. De acordo com a categoria de queixa técnica (embalagem, estrutura e aspecto alterado) destaca-se a presença das questões de estrutura nos três grupos de material. A participação da equipe de enfermagem é marcante, em especial a do profissional enfermeiro, totalizando 211 notificações; destas 69 enviadas pela Divisão de Centro Cirúrgico e 51 pela Divisão Materno Infantil. Em relação ao turno de trabalho, predomina o período diurno. Um dos objetivos do monitoramento das notificações de queixas técnicas é subsidiar informações para o sistema de Notificações em Vigilância Sanitária (NOTIVISA); sendo assim, foi possível a contribuição desta instituição com 20 notificações pertinentes à área de Tecnovigilância. Conclui-se que o Impresso de Notificação é uma ferramenta importante no gerenciamento de recursos materiais na área hospitalar. Através desse feedback é possível realizar o monitoramento da qualidade dos produtos na pós-comercialização, preservando a segurança para o paciente e equipe de saúde.