Avaliação da eficácia de um dispositivo polimérico anestésico não invasivo - Estudo clínico randomizado, em crianças

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Inácio, Gisele Carvalho
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/58/58135/tde-19072019-075704/
Resumo: O objetivo do presente estudo foi realizar um estudo clínico randomizado para comparar a eficácia de um dispositivo polimérico anestésico (DP) não invasivo, em comparação à anestesia local convencional (AC), em crianças. Participaram da pesquisa 50 crianças, de ambos os sexos, de 4 a 12 anos de idade, que necessitavam da realização de procedimentos odontológicos semelhantes em pelo menos 2 dentes homólogos e contra-laterais no arco superior. Os procedimentos odontológicos incluíram selantes de fossas e fissuras, restaurações de compósitos em cavidades rasas e médias, e exodontia de dentes decíduos com no mínimo 2/3 de rizólise. Na primeira sessão, o responsável preencheu um questionário sobre medo relacionado ao tratamento odontológico. A seguir, foi efetuada a avaliação dos batimentos cardíacos por minuto (bpm) e aferição da pressão arterial, nos períodos pré e pós-anestesia. Cada criança foi submetida às duas técnicas anestésicas, com intervalo de uma semana. As técnicas anestésicas foram aleatorizadas. Todos os procedimentos foram realizados por um único operador. Durante a realização de cada uma das técnicas anestésicas e procedimentos, foi avaliado, por meio de ficha específica, o comportamento da criança. Logo após o procedimento anestésico, cada criança indicou o nível de dor por meio da Escala de Faces Wong-Baker. Ao final dos atendimentos, a criança relatou o método anestésico de sua preferência Os resultados obtidos foram apresentados sob a forma de porcentagem ou comparados por meio dos testes Qui-quadrado e Wilcoxon, com nível de significância de 5%. O questionário demonstrou que aproximadamente 50% dos pais e/ou responsáveis relataram medo de anestesia, e 66% das crianças apresentavam este medo. Em relação à pressão arterial sistólica e diastólica, não foram observadas diferenças estatisticamente significantes pré e pós anestesia, entre as técnicas; no entanto, com relação aos bpm, observou-se que estavam aumentados na técnica anestésica convencional, tanto antes quando após o procedimento anestésico (p=0,015 e p=0,042, respectivamente). Foi observada diferença estatisticamente significante no comportamento das crianças com o uso do DP (p=0,0028). Na avaliação por meio da escala de faces, 74% das crianças elegeram as faces representativas de ausência de dor (p<0,00010) com o uso do DP, enquanto com o uso da AC apenas 26% das crianças relataram ausência de dor. O DP foi a técnica preferida por 86% das crianças, e, em apenas 20% dos casos onde o DP foi empregado houve a necessidade de complementação com AC. Conclui-se que o DP anestésico foi eficaz para promover a anestesia local em crianças, e reduzir o medo frente ao tratamento odontológico