Expectativas autoritárias: apoio ao uso da força excessiva pela polícia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Natal, Ariadne Lima
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8132/tde-03082020-143936/
Resumo: A tese examina as atitudes do público a respeito do uso da força excessiva pela polícia. Nosso pressuposto é que as práticas arbitrárias e o emprego de métodos violentos e abusivos que marcam historicamente a atuação das forças policiais brasileiras não poderiam ser um fenômeno tão persistente sem a existência de algum respaldo por parte da sociedade para a manutenção de tais ações. Nesse sentido, investigamos não só a magnitude desse apoio, mas principalmente, quais são as explicações que podem ser acionadas para melhor compreender o respaldo conferido para a polícia agir de maneira violenta. Com base em um estudo empírico, conduzido por meio de dados de um survey aplicado a 1.806 moradores da cidade de São Paulo em 2018, verificamos que efeitos as variáveis sociodemográficas, contextuais e atitudinais exercem sobre a disposição de apoiar o uso da força excessiva por parte da polícia. Nossos dados indicam que o apoio ao uso da força excessiva pela polícia é mais acentuado dentre os brancos, os homens e pessoas com maior adesão à valores autoritários, e não se mostrou relacionado com medo do crime e percepção de vulnerabilidade ao crime. Os resultados apontam que, para uma parcela dos entrevistados, o apoio a ações excessivas da polícia está ligado à uma concepção autoritária do exercício de poder.