Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
Carboni, Marina |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11150/tde-20122011-144603/
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Resumo: |
Estudos sobre a dinâmica de comunidades florestais que avaliam a interação de fatores bióticos e abióticos num determinado intervalo de tempo, expresso pelas diferenças nos valores de mortalidade, recrutamento e crescimento dos indivíduos amostrados, podem fornecer informações sobre a estrutura, mudanças temporais e espaciais, além de fornecer informações sobre a capacidade de regeneração e a ocorrência de perturbações em determinado local. No entanto, pouco se conhece sobre a dinâmica das comunidades Florestais Paludosas, apesar da crescente preocupação na preservação dessas formações ciliares para garantir a manutenção dos recursos hídricos. O presente trabalho teve por objetivo re-amostrar uma comunidade Florestal Paludosa de maneira a descrever a dinâmica temporal, de curto prazo, que pode estar afetando a composição e estrutura local. De forma complementar, estudos sobre o crescimento de plântulas, sobre a fenologia e germinação das principais espécies dessa comunidade foram realizados de maneira a contribuir para que se chegue a um primeiro modelo de dinâmica para esse tipo de floresta. A Floresta Paludosa estudada está localizada na região centro-oeste do estado de São Paulo, próximo das coordenadas 22º 20S e 49º 01W e possui 2,3 ha. Está encravada entre áreas de Floresta Estacional Semidecídua, Campo úmido e Cerradão, no município de Bauru/SP. Os resultados indicam que a estrutura e composição da floresta estudada pouco se alteraram ao longo dos cinco anos e que a dinâmica desta floresta é lenta quando comparada com outras formações vegetais. A relação da ocorrência de espécies e variáveis ambientais foi pequena indicando que as espécies estudadas que ocorrem nestas florestas estão adaptadas as condições abióticas mesmo com algumas variações. O pico de dispersão das principais espécies dessa floresta foi na estação seca e o pico de germinação foi nos primeiros dois meses após serem semeadas, independente da umidade a que estavam submetidas. A rápida germinação e o estabelecimento das plântulas antes dos meses mais chuvosos aumentam as chances de sobrevivência dessas espécies, pois a maior mortalidade entre indivíduos adultos e jovens acontece na época chuvosa. As espécies típicas de formações permanentemente encharcadas Calophyllum brasiliense, Magnolia ovata, Protium spruceanum, Dendropanax cuneatus e Xylopia emarginata, são espécies responsáveis pela formação do dossel, pela manutenção da fisionomia florestal e pela manutenção da fauna dispersora de algumas Florestas Paludosas. Essas já são características suficientes para classificá-las como estruturadores. Podemos acrescentar a esse grupo as espécies Ardisia ambigua e Geonoma brevispatha que apesar de não estarem incluídas em todas as análises realizadas aqui por serem de sub-bosque e uma palmeira com crescimento muito diferente das demais espécies, são comuns a esta formação. Já as espécies Cedrela odorata, Rapanea gardneriana, Styrax pohlii e Tapirira guianensis foram consideradas espécies complementares. Os dois grupos de espécies devem estar presentes em projetos de restauração dessas florestas. As espécies estruturadoras aparentemente tem maior potencial de reconstrução e manutenção do dossel e conseqüentemente do habitat florestal à longo prazo, dando assim condições ao estabelecimento de outras espécies e formas de vida característicos da Floresta Paludosa. |