Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Oliveira, Thais Crippa de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/42/42135/tde-06092024-180420/
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Resumo: |
O Brasil é responsável por 23% dos casos de malária notificados nas Américas em 2018 e sua transmissão mantém-se restrita à Amazônia Legal, onde encontram-se 99,5% dos casos de malária; os 0,05% dos casos restantes ocorrem na região da Mata Atlântica brasileira. O Plasmodium vivax, o parasito com maior prevalência de infecções por malária neste país, é encontrado em hospedeiros humanos e, supreendentemente na região da costa Atlântica também em hospedeiros símios, sob o nome de Plasmodium simium. Abordagens de genômica populacional permanecem pouco exploradas para o entendimento da evolução desse parasito bem como para o mapeamento das vias de transmissão regionais. Neste estudo, sequenciamos 38 amostras derivadas de pacientes infectados por P. vivax em Mâncio Lima, região Amazônica, e 11 amostras de P. simium da região da Mata Atlântica, derivadas de hospedeiros humanos e símios. Na Amazônia, encontramos ancestralidade compartilhada significativa entre parasitos de Mâncio Lima e outras cidades no estado do Acre, consistente com um fluxo gênico substancial entre populações regionais de P. vivax. Já na Mata Atlântica, encontramos a primeira evidência de uma zoonose reversa, onde parasitos originalmente infectantes para humanos, passaram a infetar também símios sem perder a habilidade de infectar humanos novamente. Desta forma, foi possível caracterizar a expansão sustentada de linhagens altamente consanguíneas de P. vivax em um local crítico de malária na Amazônia que pode semear a transmissão regional, ajudando na caracterização de potenciais populações de origem em hotspots que podem representar metas prioritárias para a eliminação da malária. Além disso, caracterizamos a população de P. simium como uma população de P. vivax que evoluiu em relativo isolamento geográfico na Mata Atlântica. |