Comportamento de touros da raça Simental à pasto com recurso de sombra e tolerância ao calor

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Titto, Cristiane Gonçalves
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/74/74131/tde-29012007-161357/
Resumo: O presente trabalho teve como objetivo avaliar o comportamento de pastejo de bovinos de corte com e sem acesso a recursos de sombreamento e determinar o Índice de Tolerância ao Calor Individual (ITCI) e uma possível relação com o uso da sombra. Foram utilizados 8 touros da raça Simental, com 80 meses. As observações de comportamento ocorreram do nascer ao pôr do sol, a cada 15 minutos, pelo método focal. Os comportamentos observados foram: Posição (ao sol, à sombra natural, à sombra artificial); Postura (em pé, deitado) e Atividade (em pastejo, em ruminação, em deslocamento, em ócio), em três tratamentos: Sombra Natural (SN), Sombra Artificial (SA) e sem sombra (SS). Numa segunda fase os animais foram submetidos ao Teste de Tolerância ao Calor e foi determinado o ITCI. O índice de globo negro e umidade médio foi de 88,5. O uso da sombra foi maior no SA em relação ao SN (43% e 32%) iniciando mais cedo e deixando-a mais tarde (10h00 e 16h00 no SA, 10h30 e 15h00 no SN). Os animais permaneceram mais tempo em pé no SS, seguido pelo SN e pelo SA (86,5%, 80,6%, 73,7%). No tratamento SN os animais pastejaram 65,4% do tempo total de observação, ruminaram 18,3%, permaneceram em ócio 15,9% e a atividade de deslocamento tomou 0,5% do tempo. No tratamento SA, as atividades foram divididas em 54,7% para o pastejo, 22,9% para ruminação, 21,2% para ócio e 1,2% para deslocamento. No tratamento SS, o pastejo ocorreu em 50,3% do tempo, 6,2% do tempo foi gasto com ruminação, 41,7% em ócio e 1,7% com deslocamento. Houve diferença estatística entre os três tratamentos (P<0,01) para todas as atividades analisadas. Verificou-se a interferência da disponibilidade de sombra e do tipo de sombra na distribuição das atividades ao longo do dia. Os animais que tiveram acesso à sombra natural sem restrição de espaço e com ótima ventilação devido às altas copas das árvores gastaram menos tempo em ruminação e ócio e mais tempo com o pastejo. O índice de tolerância ao calor médio foi de 9,33, com máximo de 9,57 e mínimo de 9,03. A relação entre o ITC e a busca pela sombra teve média-alta correlação (0,62) mas sem ser considerada significativa devido ao baixo número de repetições.