Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Abdo, Rodrigo Calil Teles |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5140/tde-02052022-104401/
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Resumo: |
INTRODUÇÃO: A Artroplastia Total de Joelho é uma cirurgia realizada em casos avançados de osteoartrite do joelho. Com o envelhecimento da população, o número de artroplastias vem crescendo e, consequentemente, o número de complicações também. Dentre as complicações, a infecção periprotética é a que traz os maiores desafios. Atualmente, não existe método padrão \"ouro\" para o diagnóstico de infecção periprotética. Um critério bastante utilizado é o proposto pela Sociedade de Infecção Musculoesquelética em 2013 e atualizado em 2018, durante o International Consensus Meeting (Encontro Internacional do Consenso). A alfa-defensina é um biomarcador que tem sido bastante estudada no líquido sinovial para o diagnóstico de infecção periprotética com ótimos resultados, porém existe pouca experiência nacional com a utilização desse peptídeo. OBJETIVO: O objetivo principal deste estudo foi avaliar a sensibilidade e especificidade da alfa-defensina laboratorial para o diagnóstico de infecção de artroplastia total de joelho de acordo com o critério da Sociedade de infecção Musculoesquelética em 2013 em pacientes com suspeita de infecção de artroplastia total de joelho. Como objetivos secundários, descrever a técnica da análise da alfa-defensina quantitativa no líquido sinovial, avaliando a potencial influência da diluição, a definição do valor de corte da alfadefensina para o diagnóstico de infecção periprotética de joelho e comparar os resultados obtidos com o novo consenso, proposto em 2018. MÉTODOS: Cinquenta e três amostras de líquido sinovial de pacientes com suspeita de infecção periprotética no joelho foram obtidas. Inicialmente, dez amostras de líquido sinovial, sendo cinco com infecção e 5 sem infecção, foram avaliadas para análise quantitativa de alfa-defensina utilizando pelo método Enzyme Linked Immunosorbent Assay (Ensaio de Imunoabsorção Enzimática). Resumo Rodrigo Calil Teles Abdo Diferentes razões de diluição (1:10, 1:100, 1:500, 1:1000 e 1:5000) foram testadas. As diluições com melhor desempenho foram aplicadas e comparadas nas demais amostras. RESULTADOS: Dessas amostras, 22 pacientes apresentaram infecção de prótese e 31 pacientes foram considerados assépticos de acordo com o consenso de 2013. Para os casos de infecção, um aumento gradual na diluição da amostra levou a um aumento do nível de alfa-defensina. O mesmo não foi observado nos casos assépticos. As diluições 1:1000 e 1:5000 apresentaram resultados satisfatórios na diferenciação de casos infectados e assépticos, e então, foram analisados mais casos nessas diluições. A diluição 1:1000 resultou em uma sensibilidade de 88,2% e especificidade de 95,7%, enquanto a diluição 1:5000 apresentou uma sensibilidade de 94,1% e uma especificidade de 100%. Após esses resultados preliminares, as 13 amostras restantes foram testadas na diluição 1:5000 onde foram obtidas uma sensibilidade final de 95,5% e uma especificidade de 100%. Esses mesmos resultados foram obtidos quando se utilizou o consenso de 2018. Foi obtido um valor de corte de 5,2mg/L para a diluição 1:5000. CONCLUSÃO: A alfadefensina apresentou uma excelente acurácia para o diagnóstico de infecção periprotética no joelho. Além disso, a diluição do fluido articular teve uma influência importante no desempenho diagnóstico utilizando o método Enzyme Linked Immunosorbent Assay de alfa-defensina sendo a diluição de 1:5000 a que apresentou o melhor desempenho para o diagnóstico de infecção periprotética no joelho, obtendo um valor de corte de 5,2 mg/L |