Não engajamento de franqueados

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Aguiar, Helder de Souza
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/12/12139/tde-20062018-150901/
Resumo: Uma das bases do sistema de franquias é a relação entre franqueado e franqueador. O franqueador, proprietário da marca, é responsável pela formatação do negócio e por formar as bases de uma rede padronizada, um dos pilares desse tipo de sistema. O franqueado desempenha o papel de manter a sua unidade segundo os preceitos e modelos impostos pela franqueadora. A rede pode se prejudicar por decisão de franqueados que não se engajam e apresentam comportamento diferente. A pergunta que orientou o trabalho foi: O que leva os franqueados a não se engajarem na rede de franquia? Para responder a pergunta foi elaborado um modelo de fatores que influenciam no engajamento e que serviram de base para o objetivo da tese - buscar os fatores que influenciam os franqueados a não se engajarem. O estudo apresenta a relação entre os agentes envolvidos, aprofundando os conceitos da teoria da agência em franquia, principalmente na escolha de novos parceiros e na manutenção dos atuais. Além disso, verifica-se a importância de fatores comportamentais, tais como pró-atividade e capacidade de adaptação e não apenas dos econômicos, usualmente considerados pelos franqueadores. Para a elaboração da tese utilizou-se a Theory Building from Cases (Teoria Baseada em Casos), estudando franqueados de três redes de franquia estabelecidas com mais de dez anos de atuação que totalizam por volta de 400 franqueados em seus quadros (setenta, noventa e duzentas e trinta unidades respectivamente). Para a elaboração da tese foram realizadas 37 entrevistas (3 franqueados; 8 consultores de campo; 24 franqueados e 2 entrevistas teste) totalizando mais de 60 horas de entrevistas. Qualitativo e exploratório, o estudo comparou franqueados engajados e não engajados por meio de dados primários se utilizando das técnicas de analise de conteúdo por meio do software MAXQDA12. O estudo, que partiu de trinta fatores de influência, apresenta um modelo de não engajamento de franqueados de seis fatores, divididos em duas dimensões, Franqueador: Problemas de Comunicação, Falta de Supervisão e Monitoramento e Influência na Rentabilidade e; Franqueado: Pouca Capacidade de Adaptação, Não Conhecimento do Sistema e Baixa Pró-Atividade. Esses fatores dificultam a construção da confiança no franqueador e problemas de agência. Destaca-se que a falta de comunicação com a equipe pode ser um fator desencadeante desse processo, um gatilho desse não engajamento. Na tese também fica claro que o nível de empreendedorismo pretendido pelas franqueadoras para seus franqueados ainda é algo difícil de mensurar e não muito claro.