Diferenças sexo/etárias no Forrageamento de Cebus nigritus em área de Mata Atlântica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Santos, Lucas Peternelli Correa dos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47132/tde-19032010-143949/
Resumo: Após anos do estudo moderno da ecologia e comportamento dos primatas, a juventude, definida como o período entre o desmame e a maturidade sexual, permanece sendo uma das fases menos compreendidas do ciclo de vida destes animais. Existem quatro teorias gerais para explicar os padrões de forrageamento e escolha da dieta de primatas juvenis. A primeira afirma que os juvenis adotam uma estratégia de aversão ao risco, evitando a competição por alimento, a segunda, que os padrões alimentares dos imaturos serão determinados pelas oportunidades de observação de outros indivíduos do grupo, a terceira afirma que as diferenças nos padrões alimentares entre imaturos e adultos se dão em virtude da falta de força e habilidade desses indivíduos para explorar recursos de difícil acesso e a quarta afirma que jovens e adultos exploram diferentes itens com base na demanda nutricional associada aos custos de crescimento cerebral e do corpo. O presente trabalho teve por objetivo investigar diferenças sexo/etárias nos padrões comportamentais e alimentares de um grupo de Cebus nigritus selvagem em uma área de Mata Atlântica no Parque Estadual Carlos Botelho, com enfoque nos imaturos, em especial nos juvenis, à luz das quatro teorias. Os resultados mostraram que as fêmeas e os infantes preferem frutos que são ricos em carboidratos, os machos preferem as folhas, que são um recurso abundante, enquanto os jovens preferem os invertebrados que são importantes fontes de proteínas e gordura. O comportamento alimentar dos jovens no PECB foi mais bem explicado pela teoria da demanda nutricional para crescimento do cérebro e corpo, mas alguns resultados também apóiam as teorias de aversão ao risco e oportunidade de aprendizagem.