Do erro de Averrois

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Machado, Marco Antonio Calil
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8165/tde-21022020-175049/
Resumo: A presente dissertação trata da discussão da Ciência da Arte da Poesia, selecionada a princípio desde o Comentário Médio à Poética de Aristóteles de Averrois. Diz-se com frequência «madīḥ» e «hijā’» serem maus equivalentes a «tragédia» e «comédia» em tanto que «poesia (grega)» e «Poética». Para tratar do erro de Averrois, por comentar tal comentário à Poética, conveio definir seus termos-chave contra-acusativamente, isto é, iniciando pela polêmica corretiva embora evitando a priori a participação na paramétrica do erro-acerto: para tal, coube posicionar «madīḥ» e «hijā’» em uma sequência de traduções comentadas e de comentários-traduções em relação a uma variedade de testemunhos à questão do suposto erro de Averróis, bem como notificar fontes primárias de poesia, poética e letras árabes. Em três partes à dissertação, foram referidos, definidos e discutidos: primeiro, a polêmica do erro de Averrois, em seu plano moderno e acusativo, bem como em seu plano medieval e polêmico; segundo, o mínimo léxico comum a «madīḥ» e «hijā’» em tanto que Ciência da Arte de «šiᶜr»; terceiro, o horizonte terminológico, transcendente ao comentário averrosiano à Poética, a que «madīḥ» e «hijā’» em tanto que «šiᶜr» prendiam-se a poemas de disputa, remetendo-os a extratos tratadístico-epistolar-catalográficos, proprietários às letras de refino e erudição, letras estas exteriores e mais amplas ao corpus aristotélico-peripatético árabe. Através das fontes aqui traduzidas e comentadas, dever-se-á concluir que, se justamente não há relação nem tradutória nem tratadística entre encômio-vitupério e tragédia-comédia, logo não haveria erro de Averrois.