Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Galvão, Gabriela Fávero |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/60/60137/tde-20092021-192623/
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Resumo: |
A iontoforese é um método físico que utiliza uma corrente elétrica constante de baixa intensidade para aumentar a permeação de fármacos através da pele. Sua aplicação associada a lipossomas tem mostrado resultados positivos no tratamento tópico do carcinoma de células escamosas (SCC), os quais superexpressam o receptor de fator de crescimento epidermal (EGFR). Assim, a funcionalização dos lipossomas com o anti-EGFR cetuximabe (imunolipossomas) aumenta a eficiência do tratamento iontoforético. A translocação das nanopartículas lipossomais através da membrana plasmática das células tumorais pode ser afetada pela iontoforese e influenciar no tráfego intracelular das nanopartículas e do fármaco que elas carreiam impactando na resposta biológica. Desta forma, o objetivo desse trabalho foi investigar a influência da iontoforese nas vias de internalização e tráfego intracelular de lipossomas e imunolipossomas de cetuximabe, contendo ou não o quimioterápico 5-fluouracil (5-FU). As nanopartículas foram obtidas e caracterizadas na presença do marcador fluorescente 3,3\'-dioctadeciloxacarbocianina perclorato (DiO) para facilitar a visualização do uptake, vias de endocitose e tráfego intracelular dos lipossomas e imunolipossomas brancos (sem fármaco) e contendo 5-FU pelas células de SCC da pele humana A431. A ionotoforese aumentou o uptake das nanopartículas em pelo menos 6 vezes, sendo que a internalização dos imunolipossomas foi aproximadamente 2,5 vezes maior do que a dos lipossomas independente do tempo de tratamento. A expressão do EGFR nas células A431 foi confirmada por ensaios de degradação do receptor por immunoblotting, assim como a interação dos imunolipossomas com o EGFR. As vias de endocitose das nanopartículas foram significativamente modificadas pela iontoforese. Passivamente (sem iontoforese) os lipossomas foram internalizados por vias não endocíticas; já os imulolipossomas foram auxiliados por vias dependentes de clatrina, caveolina e macropinocitose. Quando a iontoforese foi aplicada, a internalização dos lipossomas foi mediada por macropinocitose e caveolina, enquanto a dos lipossomas foi mediada por macropinocitose e clatrina. O tráfego intracelular das nanopartículas, mas principalmente dos receptores de membrana EGFR, também foi alterado na presença da iontoforese: a membrana plasmática se rearranjou e passou a englobar um grupo de células, a marcação do EGFR diminuiu sensivelmente, a colocalização das nanopartículas com os endossomos primários foi alterada e a expressão dos lisossomos foi significativamente reduzida, principalmente após iontoforese dos imunolipossomas. A presença do quimioterápico, 5-FU, não interferiu nos processo de internalização e tráfego intracelular. Conclui-se, desta forma, que a iontoforese, além de aumentar a permeação cutânea de fármacos, altera as vias de internalização celular das nanopartículas e o padrão de expressão do EGFR e dos lisossomos, podendo ser vantajosa na diminuição da resistência aos tratamentos com anticorpos e na maior eficiência na biodisponibilidade de quimioterápicos. |