Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2005 |
Autor(a) principal: |
Asakura, Leiko |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6133/tde-06052021-184909/
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Resumo: |
Objetivos. Por terem estrutura química semelhante as isoflavonas e os estrógenos podem influenciar o desenvolvimento da aterosclerose experimental, hipótese investigada em camundongos fêmeas expressando parcialmente receptores para LDL e proteína de transferência de colesterol esterificado (CETP). Métodos. Os animais foram ooforectomizados quando completaram oito semanas de vida e então submetidos à dieta aterogênica rica (% por peso) em gordura (21) e colesterol (0,2) por 19 semanas, desenvolvendo hipercolesterolemia moderada com perfil de lipoproteínas no plasma semelhante ao do ser humano. Em seguida, foram separados em quatro grupos experimentais: EE (n=29), que receberam reposição de 17β-etinil-estradiol (6μg/d) por meio de implante subcutâneo de pellet; Iso Low (n=25), em cuja dieta foram adicionados 27,2 mg/100g de isoflavonas; Iso High (n=28), cuja dieta continha 53,5mg/100g de isoflavonas; e Controle (n=28), recebendo apenas a dieta aterogênica. A dieta dos grupos EE e Controle continham apenas 0,01mg/100g de isoflavonas. Resultados. A despeito de o grupo EE ter apresentado menor concentração (mg/dL) de colesterol não ligado à HDL (n-HDL-C) (84 ± 8) quando comparado ao Iso Low (95 ± 6), mas, sem diferir dos demais, apresentou maior área (μm2 x 103) de lesão aterosclerótica na raiz da aorta (22,0 ± 19,5), quando comparado ao Iso High (7,4 ± 6,4), ao Iso Low (12,3 ± 9,9) e ao Controle (10,7 ± 12,8). Estes três últimos não diferiram entre si. Após reunir os dados dos animais tratados com isoflavonas, a média da área de lesão (9,9 ± 8,6) persistiu menor, quando comparado ao grupo EE, mas sem diferir do grupo Controle. Utilizando a mediana (8,1) da área de lesão do grupo Controle como referência, o percentual da distribuição de animais com lesões acima deste valor foi significativamente diferente, nesta ordem: EE>Iso Low>Iso High. Por tanto, o tratamento com 17β-etinil-estradiol resultou em maior proporção de animais com lesões maiores e o Iso High com menor proporção. A ação pró-aterogênica do EE deve estar relacionada à titulação de auto-anticorpos no plasma (média da densidade óptica a 450nm) tanto contra ox-LDL, que foi superior no grupo EE (0,86 ± 0,23) do que no Controle apenas (0,62 ± 0,15), como contra ApoB-D (fração oxidada da LDL), que foi maior (0,84 ± 0,18) do que em Iso Low (0,68 ± 0,06), Iso High (0,67 ± 0,14) e Controle (0,61 ± 0,14). Embora o grupo EE não tenha sido investigado, experimentos adicionais utilizando o grupo Controle como referência (100%), a captação por macrófagos de peritônio de camundongo de LDL humana acetilada marcada com 1α,2α,(n)-[3H]colesteril oleoil éter ([3H]COE) foi menor no Iso High (68%) do que no Iso Low (85%) e do que no Controle. A remoção por HDL humana de [4-14C]colesterol de macrófagos enriquecidos com LDL marcada com [4-14C]-colesteril oleato ([14C]-CE foi maior no Iso High (150%) do que no Iso Low (99%) e no Controle. Conclusões. Concluímos que as isoflavonas não foram eficientes para diminuir a aterosclerose experimental a despeito de mecanismos celulares antiaterogênicos quanto ao metabolismo de colesterol, talvez pelo fato de não interferirem no estado de oxidação das LDL in vivo, enquanto que este estado pró-oxidante pode estar ligado à aterogenicidade conferida pelo 17β-etinilestradiol. |