Bullying escolar LGBTfóbico não é brincadeira: escutando sujeitos e perscrutando sentidos implicados na violência

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Caputo, Ubirajara de None
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47134/tde-13062024-121805/
Resumo: O bullying escolar é um tipo de violência entre pares caracterizada por atos hostis recorrentes contra estudantes com menor força/poder no grupo. Todos os anos, centenas de milhões de crianças e adolescentes são vitimadas em todo mundo, sendo que lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais (LGBTs), ou presumidos/as como tal, são mais atingidos/as do que os/as demais. Na perspectiva psicossocial adotada nesta tese, o bullying escolar LGBTfóbico é uma atividade de dominação entre pares fundamentada na diferenciação de gêneros, na forma em que esta é preconizada pelo sistema patriarcal, isto é, de modo que homens ocupem a posição dominante e mulheres a de subordinação. Para compreender que sentidos estão implicados nessas situações de violência, realizei cinco longas entrevistas semiestruturadas com adultos LGBTs que foram vítimas desse tipo de bullying em seus percursos escolares. Como quadro teórico, utilizei a Estrutura Socioecológica do Bullying na Juventude, e para interpretar os relatos provenientes das entrevistas utilizei a abordagem teórico-metodológica denominada Produção de Sentidos em Práticas Discursivas. Foi possível apreender sete sentidos articulados entre si que aparecem reiteradamente nos relatos dos entrevistados: (des)esperança; desumanização; estado de alerta; inadequação; prevaricação; solidão; violência gratuita.