Avaliação de fala de pacientes submetidos à glossectomia após adaptação de prótese rebaixadora de palato

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Silva, Viviane de Carvalho Teles da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5143/tde-01062007-110600/
Resumo: O objetivo principal deste estudo foi avaliar a influência da adaptação da prótese rebaixadora de palato na inteligibilidade e na ressonância de fala, e nas características acústicas espectrográficas dos três primeiros formantes das vogais orais do português brasileiro de pacientes submetidos à glossectomia. Participaram 36 pacientes, 33 do sexo masculino e 3 do sexo feminino, com idades entre 30 e 80 anos (Média=53,91±10,53 anos), sendo 14 submetidos à glossectomia total, 12 à glossectomia total e mandibulectomia parcial, 6 à hemiglossectomia e, 4 à glossectomia subtotal. Amostras de fala (conversa espontânea e repetição de 18 sílabas) de pacientes com e sem prótese foram randomizadas e a ressonância e inteligibilidade de fala foram julgadas por 2 fonoaudiólogos. Também foi realizada a análise espectrográfica dos formantes das 7 vogais do português brasileiro com e sem prótese, extraindo-se as médias dos três primeiros formantes. Houve melhora significante na inteligibilidade de fala e de sílabas após adaptação da prótese rebaixadora de palato (p < 0,001). Não houve diferença estatística nos julgamentos da ressonância com e sem prótese. Existiu diferença significante na situação com e sem prótese para o primeiro formante nas vogais /a/, /e/, /u/ (p < 0,001) e tendência estatística na vogal /o/ (p = 0,09); para segundo formante nas vogais /o/, / /, /u/ (p < 0,001), e tendência estatística nas vogais /e/ (p = 0,058) e /i/ (p = 0,080) e para o terceiro formante nas vogais /a/ e / / (p < 0,001). A prótese rebaixadora de palato melhorou a inteligibilidade da fala espontânea e das sílabas dos pacientes glossectomizados. Também aumentou os valores de F2 e F3 para todas as vogais e, de F1 para as vogais /o/, / /, /u/. Isto gerou uma aproximação dos valores dos formantes da maioria das vogais junto aos valores de normalidade.