Expressão de marcadores da mineralização na resposta pulpar, in vitro e in vivo, frente à BiodentineTM e ao agregado de trióxido mineral

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Daltoé, Mariana de Oliveira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/58/58135/tde-11092015-105740/
Resumo: A BiodentineTM, novo material composto principalmente de silicato tricálcio (Ca3SiO5), apresenta vantagens com relação ao MTA, como menor tempo de presa e uso como material restaurador temporário para esmalte e permanente para dentina. As diferenças no mecanismo de ação entre os dois materiais ainda não estão esclarecidas, assim, o objetivo deste estudo foi avaliar in vitro a viabilidade de células extraídas da polpa dental de humanos, bem como a expressão de diferentes marcadores da mineralização após o estímulo com BiodentineTM e MTA. Além disso, foi avaliada in vivo a expressão dos marcadores previamente observados após a realização de pulpotomia em dentes de cães. Nos experimentos in vitro foram utilizadas células da polpa dentária obtidas a partir de dentes extraídos por razões ortodônticas (n=6). As células foram plaqueadas na concentração de 1x105 células/poço e expostas aos materiais em diferentes concentrações (1:1, 1:10 e 1:100), por 24 e 48 horas. Ao fim dos períodos, foi realizado o Ensaio Colorimétrico MTT para verificação da viabilidade celular e o qRT-PCR para detecção de RNA mensageiro para osteopontina (SPP1), sialoproteína óssea (BSP), sialofosfoproteína dentinária (DSPP), fosfatase alcalina (ALP), proteína da matriz dentinária 1 (DMP1) e fator de transcrição relacionado ao Runt 2 (RUNX2). Os dados foram comparados por meio da análise de variância (ANOVA) de uma via seguido pelo pós-teste de Tukey ou Bonferroni (&alpha; = 0,05). Nos experimentos in vivo, foram utilizadas lâminas obtidas do banco de lâminas do Departamento de Clínica Infantil da Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto, nas quais foi realizada pulpotomia com MTA (n=35) e BiodentineTM (n=52) em dentes de cães. Foram realizados ensaios de imunoistoquímica para osteopontina (OPN) e fosfatase alcalina (ALP) sendo a intensidade da marcação descrita como suave, moderada e intensa. Além disso, foi realizada imunofluorescência indireta para o fator de transcrição Runx-2, na qual a porcentagem de células positivamente marcadas foi calculada pelo software Image J. Ambas as análises foram realizadas nas regiões de ponte de tecido mineralizado e tecido pulpar. Os grupos foram comparados por meio do teste exato de Fisher ou qui-quadrado ou por análise de variância (ANOVA) de uma via, seguido pelo pós-teste de Tukey (&alpha; = 0,05). No estudo in vitro, após 24 e 48 horas, a diluição 1:100 de ambos os materiais não afetou a viabilidade celular (p > 0,05) em relação ao controle. Após 48 horas, MTA e BiodentineTM induziram a expressão gênica de SPP1, ALP e RUNX2 em relação ao controle (p < 0,05). Já no estudo in vivo, na marcação da ponte de tecido mineralizado para OPN, o MTA apresentou marcações suaves em 29% dos casos e a BiodentineTM marcações suaves em 26%, moderadas em 43% e intensas em 22% (p < 0,0001). A ALP na ponte de tecido mineralizado mostrou marcações suaves para o MTA em 14% dos casos e para a BiodentineTM em 48% (p < 0,0001). A OPN no tecido pulpar radicular para o MTA apresentou 29% de marcação no terço cervical e 29% no médio, sem marcação no apical e para a BiodentineTM apresentou 52% de marcação no cervical, 26% no médio e 26% no apical (p < 0,0001). A marcação para ALP no tecido pulpar não apresentou diferença entre os materiais (p = 0,2). Não houve diferença no número de células positivamente marcadas pela imunofluorescência para Runx-2, entre os materiais estudados e o controle (p > 0,05). A BiodentineTM foi capaz de estimular marcadores da mineralização de forma semelhante ao MTA, porém mais intensamente, com maior formação de pontes de tecido mineralizado, o que poderia ser vantajoso a longo prazo nos casos de tratamentos endodônticos conservadores.