A trajetória anarquista do educador João Penteado: leituras sobre educação, cultura e sociedade

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Santos, Luciana Eliza dos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-03092009-142424/
Resumo: Ao o traçar o contexto de implementação das escolas libertárias em São Paulo, na primeira década do século XX, este estudo insere a trajetória do educador anarquista João Penteado nos domínios da história da educação brasileira. Este educador foi responsável pelo funcionamento da Escola Moderna n.º1, criada em 1912, como escola modelo, por um grupo de livre pensadores, anarquistas e anticlericais interessados em estabelecer uma forma escolar distinta daquelas dominantes, nesse período, como as estatais e confessionais, tendo como alvo privilegiado os meios populares. Esta escola, como muitas outras escolas libertárias, foi inspirada na experiência do educador catalão Francisco Ferrer y Guardia, que criou e fundou Escola Moderna de Barcelona, em 1901. A trajetória social de João Penteado, apreendida pela pesquisa historiográfica em fontes documentais primárias, é marcada por práticas culturais e educativas profundamente arraigadas ao ideário libertário, tornando-se perceptível em seu pensamento a constância desta concepção de mundo ao longo dos anos. A sua trajetória anarquista é aqui esboçada por meio de uma breve biografia e de uma antologia com os textos inéditos produzidos durante sua vida. Colocar em evidência alguns dos fundamentos desta perspectiva pedagógica com base em antecedentes históricos do campo educacional brasileiro acrescenta novos elementos na discussão sobre a forma escolar. Assim, o sentido e a função social da escola contemporânea podem ser questionados e refletidos por uma visão transformadora das relações humanas.