Efeito do urucum (Bixa Orellana) na alteração de características de ovos de galinhas poedeiras

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2005
Autor(a) principal: Harder, Marcia Nalesso Costa
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11141/tde-06012006-155624/
Resumo: Os ovos são alimentos de alto valor nutricional, já que possuem todas as vitaminas, aminoácidos e minerais essenciais. Os consumidores dão preferência, ovos com gema bem pigmentadas. A cultura popular trata o urucum como um poderoso agente anticolesterolemico, além de ser amplamente utilizado na forma de pigmento para a indústria. O presente trabalho avaliou os efeitos da adição de urucum (Bixa orellana L.) na ração de galinhas, verificando possível interferência na qualidade dos ovos, alteração de colesterol e cor e nas gemas e teores de vitamina A e ferro, inclusive com relação ao tempo. Para a obtenção das amostras foram utilizados 125 animais divididos em quatro tratamentos com adição de urucum na ração (0,5% - T2; 1,0% - T3; 1,5% - T4 e 2,0% - T5) e 1 controle (0% - T1). Os animais foram separados aleatoriamente em cinco blocos de cinco animais, totalizando 25 animais por parcela. Os ovos após serem colhidos passaram por análise de qualidade e padronização: pesados, classificados pelo ovoscópio, análise gravimétrica, unidade Haugh, altura de albúmen e gema, espessura da casca, diâmetro e índice de gema. O colesterol foi medido por método colorimétrico e a alteração da cor da gema, foi medida em colorímetro. Foi utilizado Teste de Tukey em nível de 5% para comparação de médias, utilizando o software SAS. Com relação à análise de qualidade dos ovos, não apresentou diferença significativa entre os tratamentos. A unidade Haugh e o índice de gema apresentaram diferença que, não se deve à adição do urucum por não ser uma resposta linear. Com relação ao colesterol, os tratamentos T2 e T3 (0,5% e 1,0% respectivamente) não apresentaram diferença significativa entre si, porém todos os tratamentos se diferenciaram em relação ao controle, apresentando diminuição no nível de colesterol, com o aumento da porcentagem de urucum na ração. Ao longo do tempo, o colesterol, mesmo administrando-se urucum para os animais, apresentou aumento significativo. Em relação a cor, determinada através do colorímetro Minolta, foram encontrados os seguintes resultados: para L, T1 e T2 apresentaram os valores superiores e, T4 e T5 os mais baixos; para a*: T4 e T5 apresentaram os maiores valores, diferindo dos demais; para b*: T1 e T2 apresentaram os maiores valores diferindo dos demais. Foi calculado também o Croma (cor) e Hue-Angle (saturação da cor). Para carotenóides (&#946; e &#945; caroteno), T5 apresentou valores superiores aos demais, diferindo estatisticamente (p<0,05). Com relação ao ferro total, T5 apresentou valores superiores aos demais, além do ferro dialisável, que provavelmente pela presença do aumento de carotenóides, também apresentou-se superior. Assim, pode-se concluir que a utilização de urucum na ração de poedeiras é útil, pois não interfere na qualidade dos ovos, influi na redução do colesterol, promove a cor das amostras, aumento de carotenóides e conteúdo de ferro.