Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Oliveira, Karina Santos de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8158/tde-15032016-145139/
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Resumo: |
Este trabalho apresenta as conclusões de nosso estudo sobre a representação humana nos afrescos da sinagoga de Dura Europos, datada do século III EC, na Síria, à luz do interdito bíblico do Decálogo (Ex 20, 4-5; Dt 5, 8-9) onde se estabelece que os israelitas não devem fazer para si imagem de escultura, e reiterado pelo versículo Dt 4,16, onde se afirma que os israelitas não devem fazer alguma imagem esculpida na forma de ídolo, semelhança de homem e mulher. Inicia-se explicando o significado desse interdito e como ele se apresenta nos livros da Bíblia Hebraica que abordam a questão da confecção de imagens e idolatria. A análise dos textos bíblicos e da bibliografia de referência sobre o tema possibilita inferir que o interdito não proibia a confecção de todo tipo de representação humana, mas somente aquelas fabricadas para adoração. Segue-se a essa análise uma contextualização da representação humana pelos israelitas na Antiguidade, desde o período pré-monárquico até o século III EC, o século em que a sinagoga de Dura Europos é construída e adornada com afrescos representando cenas bíblicas. O objetivo é criar uma conexão entre o interdito da Bíblia Hebraica e a história judaica, que levou ao desenvolvimento de um conjunto de sinagogas no final desse período, no qual Dura Europos está inserida, nas quais encontramos a representação humana na forma de afrescos em paredes ou pisos mosaicos. A pesquisa bibliográfica sobre os vestígios arqueológicos do período demonstra que os israelitas produziram tanto as imagens permitidas como aquelas consideradas interditas e sofreram influências externas que levaram à concepção da sinagoga de Dura Europos. Por último, formulamos uma apresentação dos afrescos dessa sinagoga e procuramos verificar qual o significado que os estudiosos atribuíram a eles. A partir dessa análise foi possível concluir que a representação humana nos afrescos da sinagoga de Dura Europos não contrariava o interdito bíblico, pois não tinha propósito de adoração, e sim uma finalidade didática. A intenção era transmitir um ensinamento e reforçar a identidade da comunidade judaica a partir da reprodução de cenas que retratavam a história da salvação israelita. A rememoração dos momentos gloriosos do passado visava criar expectativas positivas sobre o futuro, mediante uma situação presente preocupante em relação à sobrevivência da comunidade judaica de Dura Europos e do judaísmo em si. |