O Fast-Fashion no Brasil (1990-2015): uma abordagem a partir da Economia Criativa

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Toniol, Ana Paula Nobile
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8137/tde-07102022-111737/
Resumo: A partir da década de 1990, observaram-se novas e profundas transformações na economia e na política mundial que influenciaram diretamente a indústria da moda. A pesquisa discute, diante do cenário internacional, quais os impactos causados pelo processo de globalização na indústria têxtil e de confecção brasileira e busca a compreensão do caráter dual da moda quanto ao seu valor econômico-simbólico a partir do sistema fast-fashion. Esse modelo de negócio promoveu uma ruptura na cadeia produtiva e é responsável pela aceleração e aumento da demanda na criação de novos produtos na indústria. O consumo é a engrenagem do fast fashion e para despertar o desejo de compra do consumidor, os produtos disponíveis nos pontos de varejo são renovados quinzenalmente. Para tanto, é necessário um planejamento acelerado na criação de novos produtos que permita a fluência e a continuidade desse sistema. O fast-fashion levanta questões especificas - criação, reprodução, democratização, identidades - que o situam no entrecruzamento entre a economia e a cultura. A pesquisa considera que o fenômeno fast-fashion pode ser estudado pela Economia da Cultura e, mais propriamente, a Economia Criativa, por conceberem a cultura e a criação como fontes geradoras de fluxo de renda e empregos e com grande potencial para o desenvolvimento socioeconômico. O fenômeno tornou-se uma matriz capaz de mobilizar um conjunto mais amplo de informações para análise da indústria têxtil e de confecção nacional a partir dos anos 1990. A pesquisa conta com a coleta de dados estatísticos disponíveis em órgãos referenciais, e também, fontes empíricas pautadas na realização de entrevistas com profissionais do setor que participaram efetivamente na implantação do fast-fashion no Brasil, e trouxeram elementos que possibilitam tratá-lo sistematicamente como parte da indústria criativa. Desse modo, a moda rápida passa a ser reconhecida como um bem simbólico, que só pode ser adequadamente explicado enquanto um fenômeno econômico-cultural