Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Andrade, Melissa Maria de Freitas |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-04102012-135144/
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Resumo: |
Mediante o estudo das atividades relacionadas à comunidade NEGROS presente no Orkut desde 2004 e que, atualmente, reúne 36.000 membros -, este trabalho busca contribuir para identificar o papel das redes sociais no que diz respeito à construção de conhecimentos e ao desenvolvimento de iniciativas destinadas a combater o racismo no Brasil. As novas tecnologias ampliaram significativamente os veículos de comunicação e de informação existentes e permitiram que as redes sociais ganhassem grande expressão nos últimos anos, de maneira que não é possível ignorar o potencial formativo desses meios. Por essa razão, optouse pelo estudo de uma das primeiras comunidades criadas na rede social Orkut com vistas a congregar pessoas com interesse pela situação do negro no Brasil. Tal estudo privilegiou a análise dos discursos produzidos a respeito da identidade negra em dois tópicos do fórum da comunidade voltados especificamente para a autodeclaração racial. Para compreender o processo de constituição da identidade negra, recorreu-se aos aportes teóricos de, entre outros, MUNANGA (2009) e FERREIRA (2000); já o entendimento do ciberespaço e, especificamente, da comunidade estudada como espaço de saber e dos coletivos inteligentes teve como referência o trabalho de LEVY (1999). Pretendeu-se, também, investigar de que maneira os membros veem a referida comunidade e seus conteúdos, buscando ainda reunir elementos sobre o grau de participação dos mesmos. Para isto, foram realizadas entrevistas com três integrantes com perfis bastante distintos, mas com grande expressão no grupo. A análise dos dados coletados mostrou que os discursos de identidade negra são construídos de modos diferenciados, mesmo que a comunidade invoque certa homogeneidade. Foi possível captar nas falas dos membros da NEGROS desde a consciência da opressão histórica-política até o orgulho do pertencimento, passando pelo sofrimento causado pelo preconceito. Além disso, foi possível constatar que as possibilidades de socialização da comunidade potencializam a construção coletiva de conhecimentos relativos à identidade do grupo. Por fim, deve-se assinalar que o presente trabalho deteve-se nas discussões sobre o potencial ativista das redes sociais que, recentes como são, ainda suscitam várias polêmicas sem, entretanto, oferecer respostas definitivas a esse respeito. |