Percepção e aprendizagem em exposições de ciências: um olhar para visitantes do \'Programa Ciência Itinerante\'

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Souza Júnior, Joaquim José Soares
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/81/81131/tde-18032016-110105/
Resumo: Este trabalho apresenta uma análise das percepções e de aspectos da aprendizagem presente em conversas de visitantes de uma exposição interativa de Ciência. Utilizou-se como suporte teórico a perspectiva sociocultural de Vigotski, especificamente a parte que trata das relações sociais entre o indivíduo e o mundo exterior, explorando a percepção e a relação entre aprendizado e desenvolvimento, buscando aproximar tais ideias a situações ocorridas em exposições interativas de Ciência. Nesse sentido, o principal objetivo deste trabalho foi compreender, a partir das conversas dos visitantes, como as percepções apareceram durante a interação com os aparatos de uma exposição interativa de Ciência. O público investigado era composto por estudantes do Ensino Fundamental II da rede pública de educação, e a exposição da qual eles participaram foi promovida pelo \"Programa Ciência Itinerante\" do Instituto Federal Baiano - campus Uruçuca. Por se tratar de um ambiente complexo e que envolvia relações entre seres humanos e conhecimentos, optou-se por utilizar como abordagem metodológica o paradigma qualitativo interpretativo. A coleta de dados foi realizada por meio de questionário sociocultural, registros em áudio e vídeo das interações e das entrevistas semiestruturas. Para o desenvolvimento da ferramenta de análise de dados, tomou-se como base a proposta metodológica Análise Textual Discursiva, utilizando como categorias a priori o sistema de codificação proposto por Allen (2002), denominado conversas de aprendizagem. Da análise, foi possível identificar as conversas que mais se repetiram e aquelas que praticamente não ocorreram. As falas que indicavam a percepção de elementos da exposição e as que expressavam algum tipo de emoção dos visitantes foram as mais recorrentes. O aparecimento das conversas durante a interação estava principalmente relacionado a três características da exposição: a presença da mediação humana, o perfil interativo dos experimentos e a presença de experimentos que se complementavam. Espera-se que este trabalho contribua para o entendimento da natureza da aprendizagem em exposições interativas de Ciências, e para a compreensão da construção de significados durante as interações.