"Gerenciamento" dos resultados contábeis: estudo empírico das companhias abertas brasileiras.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2002
Autor(a) principal: Martinez, Antonio Lopo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/12/12136/tde-14052002-110538/
Resumo: Esta tese tem o objetivo principal de demonstrar empiricamente que as companhias abertas brasileiras "gerenciam" os seus resultados contábeis como resposta a estímulos do mercado de capitais. Inicialmente, é elucidado o significado de alguns conceitos, tais como "gerenciamento" dos resultados contábeis e acumulações discricionárias. Discute-se o perfil do mercado de capitais brasileiro e as circunstâncias ambientais nas quais são gerados os relatórios contábeis financeiros das companhias abertas brasileiras, enfatizando-se o papel dos órgãos reguladores e da legislação comercial e tributária. A seguir, depois da revisão da literatura brasileira e estrangeira na área de "gerenciamento" dos resultados contábeis, documentaram-se evidências para as companhias abertas brasileiras do "gerenciamento" dos resultados contábeis para: a) Evitar reportar perdas, b) Sustentar o desempenho recente e c) Reduzir a variabilidade dos resultados. O período de estudo foi os anos entre 1995 e 1999, tendo como base de dados principal a Economática. Empiricamente, foi implementado um modelo de regressão múltipla para estimar as Acumulações Discricionárias, que são proxy do valor discricionariamente alterado dos resultados contábeis. Com base na pesquisa, verificou-se que as empresas brasileiras com resultados muito ruins os manejam de maneira a piorá-los ainda mais, visando melhores resultados no futuro. Em termos de desempenho no mercado, constatou-se que empresas que manejam "artificialmente" os resultados conseguem no curto prazo seduzir os investidores; entretanto, no longo prazo, o mercado identifica o procedimento e essas ações são penalizadas com os piores desempenhos acumulados. Nos apêndices, é estudada a influência da Governança Corporativa e da Auditoria Independente na propensão à prática do "gerenciamento" dos resultados contábeis, bem como é estimado o coeficiente de resposta dos retornos das companhias abertas brasileiras aos resultados contábeis.