Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Guimarães, Ana Paula Franttini Garcia Moreno |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17142/tde-29032018-100618/
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Resumo: |
Tem havido grande interesse na investigação de substâncias de ação sistêmica que atuam sobre o sistema musculoesquelético, no sentido de melhorar a qualidade óssea e muscular, e assim, evitar fraturas patológicas decorrentes de osteoporose. Os esteroides anabólicos androgênicos têm importante atuação no metabolismo sistêmico geral, sendo que no osso aumenta sua resistência, massa e, no músculo, combate a sarcopenia. Entretanto, não há investigações consistentes sobre a possível atuação dessas substâncias na consolidação óssea. Este estudo teve como objetivo avaliar o efeito do decanoato de nandrolona na consolidação óssea e na qualidade óssea de fêmures de ratos machos adultos jovens da linhagem Wistar. Foram utilizados 112 animais, divididos em 04 grupos com 02 subgrupos (14 e 28 dias). Um grupo controle (n=17) foi formado por animais sem intervenção, mas apenas com a injeção de veículo inerte. Em outro grupo foi provocada fratura da diáfise do fêmur (n=26). No terceiro grupo os animais receberam apenas decanoato de nandronola (n=23). No quarto grupo foi provocada fratura na diáfise do fêmur associada à administração da mesma dosagem de decanoato de nandrolona (n=26). A fratura provocada no fêmur foi pelo método fechado e obtida com auxílio de uma guilhotina com lâmina romba. Em seguida, a fratura foi fixada por um fio de Kirschner de 1,0 mm de espessura, inserido no canal medular, e o membro pélvico foi radiografado em perfil. O decanoato de nandrolona foi aplicado na dose de 10 mg/kg de massa corporal, por via intramuscular, 02 vezes por semana, durante 14 ou 28 dias, conforme o subgrupo. Após a eutanásia os fêmures direitos foram dissecados e tiveram o comprimento medido. A densidade mineral óssea e o conteúdo mineral ósseo foram determinados pelo método da absorciometria de raios X de dupla energia (DXA). A resistência óssea foi determinada pelo ensaio mecânico de flexão em dois pontos, com o cálculo com a da força máxima e rigidez. O calo ósseo foi avaliado microscopicamente em cortes histológicos corados pela hematoxilina e eosina e examinados em luz comum para a obtenção do seu volume por técnica morfométrica. As outras secções foram coradas em picrosirius red e examinadas em luz polarizada para a quantificação do colágeno tipo I. A significância estatística foi estabelecida em 5%. Não houve diferença significante entre os animais tratados e não tratados pelo decanoato de nandrolona quanto à densidade mineral óssea, conteúdo mineral ósseo, resistência mecânica, tanto para o osso sem fratura, quanto para o calo ósseo. A quantidade de colágeno tipo I também não foi diferente, entretanto, o volume de osso neoformado nos grupos que receberam o esteroide anabolizante foi significantemente maior. A massa corporal foi maior nos grupos que receberam decanoato de nandrolona, embora sem significância estatística. O comprimento ósseo foi maior aos 28 dias no grupo tratado com decanoato de nandrolona. A massa do calo também teve valor significativamente maior aos 28 dias nos animais que receberam o decanoato de nandrolona. Com base nos resultados encontrados, sob as condições experimentais e métodos de avaliação empregados, o decanoato de nandrolona não causou efeitos significativos benéficos ou maléficos, tanto na qualidade do calo ósseo, como na qualidade do osso normal íntegro do rato adulto jovem. |