Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
1961 |
Autor(a) principal: |
Salibe, Ary Apparecido |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/0/tde-20240301-144403/
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Resumo: |
1 - Os sintomas da exocorte nas plantas sobre limoeiro cravo e trifoliata são semelhantes. A relação entre os diâmetros do tronco do porta-enxêrto de limoeiro cravo e do tronco do enxerto é maior nas plantas doentes. 2 - Sintomas de exocorte, caracterizados por áreas amareladas, rachaduras, escamação e exsudação de goma nos ramos e redução no vigor, foram produzidos em pés francos de limoeiro cravo e trifoliata infectados pelo vírus dessa doença. Bôlsas de goma foram observadas na casca dos ramos de trifoliata, mas não no limoeiro cravo. O tempo mínimo necessário para o aparecimento dêsses sintomas foi de 5 meses nos pés francos de limoeiro cravo e 3 anos nos de trifoliata. 3 - O período de incubação mínimo para o aparecimento dos sintomas de exocorte em laranjeiras sôbre o limoeiro cravo é de 3 anos em plantas deixadas em viveiro e de 4 anos para as transplantadas. Tais sintomas em geral aparecem entre 4 e 7 anos em laranjeiras transplantadas. O período de incubação para o aparecimento dos sintomas de exocorte é de 4 anos para plantas sôbre o trifoliata e de 8 anos para aquelas sôbre o citrange Troyer. 4 - Aparentemente, não há influência do vírus da exocorte, favorável ou desfavorável ao pagamento de gemas na enxertia. 5 - Novas evidências demonstraram a identidade do agente causal da exocorte no trifoliata e no limoeiro cravo. O trifoliata e o limoeiro cravo, embora pertencendo a gêneros distintos da Família Rutaceae, possuem tecidos notadamente sensíveis ao vítrus da exocorte. 6 - Deve ocorrer uma interação entre os vírus responsáveis pela tristeza e pela exocorte. Os sintomas de exocorte aparecem mais rapidamente e com maior gravidade nas plantas infectadas com êsses dois vírus. 7. A presença dos vírus da sorose e xiloporose parece não afetar a manifestação dos sintomas de exocorte nas plantas sôbre o limoeiro cravos. Na plantas portadoras dos vírus da xiloporose e exocorte, o porta-enxêrto de limoeiro cravo mostra os sintomas dessas duas doenças. 8 - O vírus da exocorte parece não ser responsável pelo desenvolvimento da decorticose nos limoeiro. 9 - O teste rápido de exocorte, utilizando o limoeiro cravo como indicador, não é afetado pela presença dos vírus da sorose, xiloporose e tristeza. Sómente o vírus da exocorte produz nos ramos do limoeiro cravo sintomas de amarelecimento, rachaduras, escamação e exsudação de goma. 10 - O teste rápido de exocorte, utilizando o limoeiro cravo como indicador, é aparentemente 100% eficiente, sendo sensível às estirpes fortes e fracas do vírus responsável por essa doença. O diagnóstico apresentado nesse teste não é alterado após uma inspeção realizada um ano após a enxertia. 11 - O vírus da exocorte está presente nas plantas de 38,7% das variedades da coleção cítrica da Estação Experimental de Limeira. A maioria das variedades importadas da Espanha e cêrca da metade daquelas de Riverside (Califórnia - E.U.A.) estão infectadas por êsse vírus. 12 - Além do limoeiro cravo e do trifoliata, outras variedades, quando empregadas como enxêrto, mostram sintomas de exocorte, se infectadas. O tempo necessário para o aparecimento dos sintomas é diferente nelas, variando de 110 a 400 dias. Parece haver uma gradação na sensibilidade dos tecidos dessas variedades ao vírus da exocorte, pela variação na intensidade dos sintomas exibidos.13 - A limeira da Pérsia mostrou ter tecidos menos sensíveis ao vírus da exocorte do que as demais limeiras.14 - São aparentemente tolerantes ao vírus da exocorte, quando utilizados como porta-enxêrto, as laranjeiras azeda, caipira, lima e pêra, as tangerineiras Cleópatra e cravo, o tangeleiro Sampson e os limoeiros rugosos da Flórida e nacional. 15 - Entre os porta-enxêrtos testados para exocorte no Estado de São Paulo, mostram sintomas dessa doença: o limoeiro cravo, o trifoliata, o citrangeTroyer e a limeira da Pérsia. 16 - A utilização de gemas de matrizes infectadas parece ser a única maneira pela qual o vírus da exocorte é transmitido de uma planta e outra. Aparentemente, não existe nas plantações cítricas do Estado de São Paulo um agente vector do vírus dessa doença, não ocorrendo igualmente transmissão por suco (extrato vegetal). 17 - Evidências demonstraram a transmissão do vírus da exocorte pela semente de laranjeira Baianinha em porcentagens relativamente elevadas (8 e 25%). Parece, porém, que apenas uma estirpe fraca desse vírus passa pela semente.18 - O vírus da exocorte é aparentemente um vírus de floema, sistêmico, podendo ser encontrado nas raízes, troncos e ramos. Parece, porém, que êsse vírus não está presente nas fôlhas da laranjeira infectada. 19 - O tempo mínimo necessário, após a enxertia, para a passagem do vírus da exocorte da gema infectada ao porta-enxêrto, varia de 5 a 13 dias. 20 - O vírus da exocorte locomove-se cerca de 3 cm por dia, em sentido descendente no tronco de uma laranjeira jovem, e a sua movimentação das raízes para a copa, se é que ocorre, é muito lenta. 21 - Dada a variação na intensidade dos sintomas de exocorte em plantas enxertadas e em seedlings de limoeiro cravo, o vírus dessa doença deve existir em uma multiplicidade de estirpes, fortes e fracas ou atenuadas. 22 Comprovou-se a ocorrência de várias estirpes (fortes e fracas) do vírus da exocorte em uma mesma planta. 23 - Parece ser possível a obtenção de gemas sadias de plantas infectadas pelo vírus da exocorte, através de grande número de propagações. 24 - Não foram constatadas diferenças no crescimento de mudas de laranjeira Baianinha em porta-enxertos de laranjeira caipira e limoeiro cravo, formadas com gemas sadias e infectadas pelo vírus da exocorte, até 18 meses após a enxertia. 25 - Em laranjeiras sôbre o limoeiro cravo infectadas pelo vírus da exocorte, com 8 ou mais anos, constataram-se reduções no crescimento, variáveis de 36,7 a 43,4%, e na produtividade, ao redor de 70%. |