Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2000 |
Autor(a) principal: |
Dantas, Mara Lúcia Siqueira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11149/tde-20191218-151832/
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Resumo: |
É crescente o impacto negativo gerado sobre o ambiente pelo descarte de embalagens feitas com diferentes materiais combinados e com alta resistência a úmido. As propostas de solução, sejam elas através da reciclagem ou da incineração, estão aindaem uma fase piloto ou incipiente. Neste trabalho aplicaram-se metodologias que buscavam simular as condições de degradação aeróbicas e anaeróbicas encontradas nas diversas formas de disposição do resíduo sólido para dois tipos de embalagens multicamadas (compósito). As metodologias empregadas foram desenvolvidas e avaliadas. Comparou-se a suscetibilidade à degradação destes dois tipos de embalagem, procurando correlacionar suas características físico-químicas com os mecanismos dedegradação ocorridos. Para simular algumas das condições encontradas nos lixões, adaptou-se uma metodologia de ensaio de exposição às intempéries que mostrou, de forma comparativa, a facilidade de materiais compósitos se degradarem no ambiente. Como tentativa de avaliar esta metodologia com uma possível correspondência de um ensaio acelerado, optou-se pela exposição de amostras numa câmara com ciclos alternados de radiação ultravioleta condensação de água em temperatura controlada. Para avaliar a degradabilidade das embalagens em aterro sanitário adotou-se como critério a condição mais crítica, através da imersão das embalagens no chorume na temperatura de 50ºC. Paralelamente, isolou-se o efeito do calor na degradação por exposição das amostras na mesma temperatura e submetendo-as às mesmas determinações das amostras imersas no chorume. Ambos os métodos mostraram sensibilidade para distinguir as diferenças de suscetibilidade à degradação das amostras através da velocidade com esta que ocorreu em de cada amostra. Além disso, estes métodos apresentaram coerência dos dados nos ensaios de acompanhamento, pois a degradação foi crescente com o tempo de exposição. Para a degradação em intempéries naturais e imersão no chorume, a reprodutibilidade é prejudicada, pois em ambos os casos existe a dificuldade de controlar o meio (chorume ou intemperismo), mas pôde-se correlacionar as características medidas destes meios com alterações das amostras. Quanto à desintegração das embalagens, observou-se que a embalagem composta por polietileno/cartão dupléx/alumínio (1) degradou-se mais que a embalagem composta por polietileno/cartão branco (2). Em seis meses, a perda de massa da amostra 1 foi de 49% de sua massa inicial no ensaio de degradação por imersão no chorume e de 21% em exposição às intempéries, enquanto que a amostra 2 apresentou ganho de massa (chorume) e não se alterou (intempéries) no mesmo período. A perda de massa foi devida majoritariamente à degradação do cartão em ambos ensaios de degradação. O cartão duplex degradou mais que o cartão branco, provavelmente, porque a lignina nele presente seja removida na condição alcalina do ensaio de imersão no chorume e mais suscetível à ação do ultravioleta do que a celulose. Enquanto que o cartão branco seja, talvez, aditivado com resinas insolúveis que impeçam a ação do chorume e da água (chuvas). Por fim, pôde-se ainda formular recomendações tanto ao projeto como ao manuseio de embalagens descartáveis: cuidados nas bordas e nas linhas de soldagem e sugestões para melhoria da resistência do cartão da embalagem (1) através de tratamento térmico. |