Armazenamento, em baixas temperaturas, de ovos de Anagasta kuehniella<i/> (Zeller, 1879) e de Corcyra cephalonica (Stainton, 1865) visando a produção de Trichogramma spp.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1991
Autor(a) principal: Schmidt, Francisco Guilherme Vergolino
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11146/tde-20191108-105629/
Resumo: A pesquisa teve por objetivo o desenvolvimento de uma técnica de armazenamento de ovos de Anagasta kuehniella (Zeller, 1879) e de Corcyra cephalonica (Stainton, 1865), parasitados ou não por Trichogramma galloi Zucchi, 1988 e por Trichogramma pretiosum Riley, 1879, visando a produção massal e liberação de Trichogramma spp. Os trabalhos foram realizados em condições de laboratório, no Departamento de Entomologia da Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz" (ESALQ), da Universidade de São Paulo. Foi estudado o armazenamento de ovos de C. cephalonica e A. kuehniella nas temperaturas correspondentes aos limiares térmicos inferiores (temperaturas bases), respectivamente 13,2 e 10,4°C. Para A. kuehniella foi avaliado o armazenamento de ovos não parasitados nas temperaturas de 3, -18 ("freezer”) e -196°C (nitrogênio líquido). Paralelamente, estudou-se o armazenamento de ovos de A. kuehniella parasitados por T. galloi e T. pretiosum, e cuja diapausa foi induzida; verificou-se também a possibi1idade de armazenamento de ovos parasitados por T. pretiosum, combinando-se as temperaturas de 18 e 10°C. O armazenamento de ovos de ambas as espécies de traças pelo período de 8 (A. kuehniella) e 10 (C. cephalonica) dias, nas respectivas temperaturas bases, ocasionou um baixo parasitismo por T. pretiosum, demonstrando a inadequação do armazenamento no limite térmico inferior. Embora a viabilidade de ovos de A. kuehniella tenha diminuído com 8 dias do armazenamento a 3°C, a taxa de parasitismo por T. pretiosum foi elevada. Nestas condições, com 45 dias de armazenamento, a emergência e o ritmo de postura se mantiveram inalteradas. Ovos de A. kuehniel1a armazenados em "freezer” (-18°C) e nitrogênio líquido (-196°C) tornam-se inadequados para a produção de T. pretiosum. Para T. pretiosum, a manutenção do inseto em diapausa par até 34 dias após a indução, reduziu a emergência do parasitóide, embora não tenha afetado o parasitismo. Por outro lado, T. galloi comportou-se de maneira diferente, ou seja, não afetou a emergência, mas alterou a capacidade de parasitismo. A emergência da descendência de ambas as espécies, em cujos pais foi induzida a diapausa, foi comparável à testemunha, mesmo após 95 dias de armazenamento. É possível o armazenamento de ovos de A. kuehniella por até 40 dias, parasitados por T. pretiosum, utilizando-se combinações de períodos de armazenamento a 18 e l0°C, com a manutenção de uma alta taxa de emergência.