Mercado de informação digital agroeconômica.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2004
Autor(a) principal: Boteon, Margarete
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11132/tde-06102004-162510/
Resumo: A proposta do presente trabalho é analisar o mercado de informação digital agroeconômica brasileiro tendo como objetivo geral avaliar aspectos da sua oferta e da sua demanda. A justificativa para tal estudo está na importância que a informação agroeconômica representa no processo de tomada de decisão dos agentes do agronegócio. O referencial teórico para avaliar a oferta é o da Economia da Informação. De modo geral, a teoria mostra a dificuldade da transação de um bem de informação em função de suas características e da sua estrutura de custo não-usual. Com esses atributos, o produtor de informação apresenta dificuldade de valorar seu produto e, se não for dominante no mercado, não recupera seus investimentos. A recomendação é que as firmas ganhem em escala de produção e pratiquem arranjos criativos de discriminação de preços na internet, para extrair todo o excedente do consumidor. As considerações teóricas a respeito da demanda partem de um modelo que considera três fatores que afetam a habilidade e a necessidade do uso de informação agroeconômica: capital humano, função dos agentes econômicos no sistema de produção/comercialização e o produto agropecuário. No modelo, a informação é considerada um insumo que visa a maximização do lucro do tomador de decisão. Empiricamente, avaliou-se a oferta através da lista de sites de informação nacional disponíveis na internet em novembro de 2002. Esta lista possibilitou a avaliação do conteúdo, serviços e modelos de negócios adotados pelos produtores e distribuidores de informação. Para a demanda, estimou-se a função de consumo da informação agroeconômica através de três atributos: público versus privado, digital versus outros e formal versus informal. Os dados para a estimativa da função de consumo foram obtidos através da aplicação de um questionário a usuários de internet entre outubro de 2002 e janeiro de 2003. A conclusão geral é que os endereços eletrônicos apresentaram um rápido crescimento entre 1999 e 2000, diminuíram o ritmo a partir de então e, em novembro de 2002, catalogavam-se 2.878 sites referentes ao agronegócio, destes 117 eram empresas ligadas a conteúdos agroeconômicos. A principal função desses endereços é facilitar o acesso ao conteúdo, já que pouco contribuíram, no período estudado, para a ampliação das fontes primárias de informação. A maioria do conteúdo é gratuita para o usuário final; somente 10 sites cobravam pelo acesso no período da pesquisa. Entretanto, as empresas privadas de informação para se manterem na internet precisam ampliar a receita e o número de assinantes. A conclusão do estudo é que elas pouco aproveitam a tecnologia da internet para praticar arranjos criativos de discriminação de preços de acordo com a disposição a pagar do usuário final de informação. Os resultados das estimativas de demanda indicam que os agentes ligados ao agribusiness consomem mais informação digital que os produtores. Além disso, a escolaridade apresenta-se como uma restrição para o acesso a esta tecnologia pelo público rural. A sugestão do trabalho para ampliar o mercado de informação digital agroeconômica brasileira é a parceria entre os setores público e privado.