Análise das rochas da Catedral Metropolitana de São Paulo por métodos não destrutivos e o seu potencial para geologia eclesiástica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Machado, Diego Ferreira Ramos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/44/44144/tde-27052015-090139/
Resumo: Os edifícios eclesiásticos são, principalmente em um país como o Brasil, locais que também salvaguardam a cultura, transmitindo às gerações futuras o pensamento de uma época, um modus operandi, uma tradição. Grande parte deles é composta por rochas e/ou ornamentados com pedras que, pela durabilidade e beleza, são escolhidas para embelezar a igreja e dar a ela um símbolo a mais de força, grandiosidade, imponência e relevância. Quando consideradas um Patrimônio Histórico e Cultural, as igrejas devem ser preservadas e mantidas de forma correta, nunca permitindo intervenções drásticas ou invasivas. O presente trabalho, portanto, faz análises das rochas da Catedral Metropolitana de São Paulo, uma das mais importantes e significativas igrejas do país, utilizando-se de métodos não destrutivos e não invasivos, como ondas ultrassônicas, espectrofotometria e radiação ultravioleta, de forma a serem acompanhadas as alterações das pedras da Catedral. Foram utilizados, para isso, aparelhos de ultrassom capazes de verificar a velocidade da onda no interior do bloco rochoso e, por comparação com rochas sãs, inferir o estado daquelas empregadas na Sé de São Paulo. Para testes de espectrofotometria foram feitas mais de cinco centenas de medidas de cor com espectrofotômetro em cada tipo litológico e suas variações, de forma a possibilitar o acompanhamento das mudanças cromáticas com o passar dos anos ou em futuras intervenções. Com uma lanterna emissora de radiação ultravioleta foram verificadas impregnações de material não visíveis em luz ambiente. Os testes e análises confirmam que a Catedral, cujo início da construção se deu em 1913, inaugurada em 1954 e que completou, em 2014, sessenta anos, apesar de um exterior que necessita de manutenção e pequenos reparos está, em geral, bem conservada, devendo apenas manter uma política de conservação. Adicionalmente, este trabalho também possibilitou um amplo levantamento das rochas da Catedral, nome e procedência, que dá a ela um elevado potencial de geologia eclesiástica e seu uso no geoturismo.