Avaliação nutricional e de consumo de alimentos de crianças residentes em bolsões de pobreza no município de Campinas - SP

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2000
Autor(a) principal: Zabotto, Claudia Botelho
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6133/tde-12072021-170031/
Resumo: Trata-se de um estudo transversal desenvolvido em bolsões de pobreza no município de Campinas - SP, com 125 crianças de 0 a 24 meses. Com base na tomada de medidas antropométricas; informações das condições socioeconômicas das famílias e dados sobre consumo alimentar pretendeu-se avaliar o estado nutricional e o consumo de alimentos destas crianças. Os indicadores socioeconômicos apontaram para uma melhora do poder aquisitivo das famílias residentes nos bolsões. Em 1991, 70% das famílias residentes nos bolsões possuíam rendimento até 03 salários mínimos; em 1996, apenas 25,2%. Estes bols6es concentram, ainda, famílias numerosas (4,8 membros); chefes e mães de famílias de baixa escolaridade (04 anos de estudo em média); altos índices de analfabetismo (15,9% para os chefes e 19,2% para as mães); baixa renda (01 salário mínimo per capita) e desemprego (18,1%). Com base na NRC (1989), o consumo de alimentos foi adequado para energia, proteína, vitamina A, vitamina C, vitamina B1, vitamina B2. Inadequado para ferro, em todas as faixas etárias; para o fósforo, nas faixas etárias de 6 a 12 meses e 12 a 24 meses; e para o cálcio na faixa etária de 12 a 24 meses. Houve significância estatística quando associou-se a adequação de cálcio (p=0,018), vitamina B1(p<0,001) e vitamina B2 (p<0,001) ao retardo de crescimento. A inadequação para cálcio e fósforo não ocorreu quando comparado a DRI (1998), mas houve, ainda, significância estatística entre retardo de crescimento e adequação de vitamina B1(p<0,001) e vitamina B2 (p<0,001) Os benefícios logrados pelas crianças de 0 a 5 anos da população brasileira, ao longo dos anos não, se reproduziram da mesma forma nos bolsões de pobreza do município de Campinas - SP.