A maçonaria e o processo da abolição em São Paulo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Francisco, Renata Ribeiro
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8138/tde-22112018-120958/
Resumo: Este trabalho tem o objetivo de estudar o movimento abolicionista de São Paulo pela perspectiva de duas lojas maçônicas existentes na cidade, Piratininga e América. Num universo de cinco lojas maçônicas existentes na cidade, optou-se por analisar as Lojas Piratininga e América em razão de ambas reunirem as principais lideranças abolicionistas da capital da província, Luiz Gama e Antonio Bento. Na primeira parte da pesquisa, investiga-se a atuação dessas lojas no movimento abolicionista, considerando que cada uma delas possuía diretrizes distintas sobre como deveriam proceder perante o tema do encaminhamento da extinção do trabalho escravo. Na segunda parte, com o intuito de compreender em que medida as narrativas maçônicas sobre a memória da abolição superestimaram a atuação perpetrada pela organização no processo abolicionista desencadeado entre as décadas de 1870 e 1880, é feita uma análise da literatura maçônica e de outros espaços que cumpriram o papel de consagrar a memória da abolição maçônica em São Paulo. Para o desenvolvimento do presente estudo tomou-se como referência os livros de atas produzidos entre os anos de 1850 e 1880, bem como documentos avulsos, cujos acervos encontram-se depositados nos arquivos particulares das referidas lojas. Embora os livros de atas correspondam à documentação principal da pesquisa, outras fontes maçônicas encontradas também em arquivos públicos como jornais, regulamentos e constituições foram incorporados ao estudo, assim como, jornais não maçônicos, de larga circulação na época, que oferecem dados sobre o cotidiano das atividades maçônicas.