Paisagens clandestinas: a estrutura fundiária como componente da paisagem da zona leste paulistana

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Nunes, Monica Balestrin
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8136/tde-26052015-101028/
Resumo: Este trabalho tem por objetivo principal explicitar a relação entre estrutura fundiária e paisagem, tendo como pressupostos teóricos os conceitos de paisagem segundo a Geografia Cultural Humanista, as relações entre norma e território e o papel da cartografia na representação da paisagem. O estudo de caso está situado na zona leste de São Paulo. Partindo dos antecedentes históricos da formação e expansão da cidade de São Paulo do ponto de vista da apropriação privada do território e sua normatização, o estudo buscou discutir os processos que levaram à atual configuração fundiária urbana e as razões de suas irregularidades. Como método de trabalho, foram analisados os loteamentos aprovados e implantados na década de 1960, sob a vigência do Decreto-Lei 58 de 1937, primeira norma federal sobre parcelamento do solo. Os elementos a analisados foram: o traçado do sistema viário, a destinação de áreas para espaços públicos e os lotes privados, à luz das características do sítio físico considerando elementos como topografia e hidrografia. Mais do que uma sucessão de parcelamentos de terra ou uma justaposição desconexa de loteamentos, verificou-se no caso em estudo, que a estrutura fundiária urbana, , sua normatização e representação revelam lógicas de apropriação do território, da produção do espaço e da configuração da paisagem. Nesse sentido a paisagem é considerada uma construção social, organizada segundo as práticas sociais. As paisagens produzidas no contexto da periferização da cidade e da exclusão sócio territorial que caracterizaram a expansão da cidade a leste são paisagens da exclusão, não necessariamente ilegais, mas clandestinas no sentido de marginais ou secundárias. Conhecer essas paisagens e seus processos de construção permite relativizar conceitos pré estabelecidos