Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Pantoja, Bruna Tassia dos Santos |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10132/tde-23022024-112618/
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Resumo: |
O Diabetes Mellitus é um dos distúrbios primários relacionado ao pâncreas, apresentando alta prevalência em animais de companhia. Até o momento, o tratamento utilizado para esta enfermidade é a insulinoterapia, dieta e exercício, que auxiliam no controle glicêmico, porém, não oferecem possibilidade de cura. O pâncreas é uma glândula anexa ao sistema digestório e possui função endócrina de síntese e secreção de hormônios, e exócrina de produção e secreção de enzimas. Em cães e gatos, o pâncreas está localizado na cavidade abdominal e possui formato de V. Diversas terapias vêm sendo desenvolvidas com o intuito de tratar o Diabetes Mellitus, devido ao aumento na prevalência em humanos e animais. Neste contexto, a Bioengenharia tem apresentado associação de terapia celular com scaffolds de tecidos naturais. A descelularização de tecidos e órgãos tem se mostrado um campo promissor na produção de scaffolds aplicáveis à Medicina Regenerativa. Este trabalho apresenta quatro capítulos, sendo um de revisão de literatura e três capítulos experimentais. No primeiro capítulo foi realizada uma revisão de literatura abordando a importância do uso da matriz extracelular do pâncreas canino como modelo para o estudo do diabetes mellitus e pancreatite, além da possibilidade do uso da matriz extracelular em novas técnicas regenerativas, como a descelularização e a recelularização. O segundo capítulo apresenta como objetivo a padronização de um protocolo de descelularização para o pâncreas canino, através da associação de métodos químicos (SDS 0,5%; Triton X-100 1%; SDC 4% e; SDC 4% + SFB 12%) e físicos (Agitação e Imersão). Estabelecemos um protocolo de descelularização para o pâncreas canino utilizando SDC 4% + SFB 12%, sendo o mais eficaz na preservação da arquitetura tecidual e componentes de matriz extracelular. Além disso, foi realizado estudo utilizando a técnica de imuno-histoquímica para observar se há alguma alteração na matriz extracelular quando o pâncreas é acometido por Diabetes Mellitus e Pancreatite, no qual observamos que a MEC pancreática dos cães acometidos por Diabetes Mellitus e Pancreatite apresentam modificações na deposição de algumas proteínas de MEC. Após o estabelecimento do protocolo de descelularização do pâncreas canino utilizando SDC 4% + SFB 12%, buscamos, no terceiro capítulo verificar se o scaffold pancreático manteria as condições ideais para o crescimento e diferenciação celular através do ensaio de adesão celular, no qual o scaffold pancreático se mostrou citocompatível fornecendo suporte para as células além de possibilitar o crescimento e diferenciação celular. Por fim, no último capítulo, objetivamos a descelularização e caracterização do pâncreas felino, além do isolamento e caracterização de células derivadas do pâncreas fetal de gatos entre 50 e 60 dias de gestação. No qual, conseguimos preservar as características da MEC do pâncreas felino. Além disso, as células derivadas do pâncreas fetal felino, apresentaram morfologia fibroblastóide, citoplasma alongado e núcleo centralizado. Concluímos que, a matriz extracelular pancreática canina e felina podem ser utilizadas como modelo de estudo para o Diabetes Mellitus, podendo ser utilizadas futuramente para estudos envolvendo a recelularização dessas matrizes, com o objetivo de mimetizar os danos causados por esta enfermidade. |