Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Rodrigues, Mayra Maniero |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11140/tde-04092019-151830/
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Resumo: |
O lodo de esgoto é associado a altas concentrações de poluentes inorgânicos em amplitudes que podem inviabilizar o uso direto em solo agrícola, de acordo com os limites máximos normatizados pela legislação, cujo destino final são aterros sanitários que, apesar de ser uma alternativa de menor impacto ambiental, é uma prática onerosa e finita. Entretanto, esse material é rica fonte matéria orgânica, macro e micronutrientes para as plantas como boro, cobre, cobalto, ferro, manganês, molibdênio, níquel e zinco para as plantas, comumente deficientes em solos tropicais. Em nosso estudo, exploramos esse subproduto como matriz orgânica para a formulação de um fertilizante organomineral (FOM) como alternativa à adubação mineral convencional para a cultura da soja em solos de Cerrado, além de possíveis alterações na comunidade microbiana do solo. O experimento foi conduzido em casa de vegetação utilizando dois Latossolos Vermelhos distróficos de texturas distintas (argiloso e franco-argilo-arenoso), diferentes doses de aplicação de FOM (40%, 60%, 80%, 100% e 120%) em três formas físicas (granulada, peletizada e farelada), em comparação com a adubação mineral convencional com (M+Mi+S) e sem (M+S) os micronutrientes B e Zn, além do tratamento sem adubação (CT). O delineamento utilizado foi de blocos inteiramente casualizados. As plantas foram conduzidas até os 60 dias após o plantio (DAP) e foram avaliados os parâmetros fitotécnicos pertinentes a massa seca da parte aérea (MSPA), massa seca de raiz (MSR), altura de plantas, diâmetro do colmo e número de nódulos ativos. A análise química da parte aérea (macro e micronutrientes) foi utilizada para cálculo do teor de nutrientes acumulados no tecido vegetal. Para avaliar a atividade microbiana dos solos utilizou-se a respiração basal do solo (RBS), carbono da biomassa microbiana (C-BM) e atividade das enzimas urease, fosfatase ácida e β-glucosidase. Em ambos os solos, tanto o FOM em menores doses (40% e 60%) quanto os tratamentos minerais, apresentaram desempenhos fitotécnicos semelhantes entre si, bem como o acúmulo de nutrientes no tecido vegetal das plantas, exceto para os elementos P, K e B. Não foram observadas diferenças significativas no desenvolvimento das plantas e nos atributos microbiológicos que possam ser atribuídas as formas físicas do FOM. Embora a RBS tenha indicado aumento na atividade microbiana dos solos a partir da adição de doses crescentes de FOMs, isso não refletiu nos demais parâmetros fitotécnicos ou microbiológicos avaliados, indicando que a planta foi a principal moduladora do comportamento da comunidade microbiana e da dinâmica de nutrientes. Adicionalmente, as análises enzimáticas mostraram-se pouco efetivas diante de condições de estresse observadas neste estudo para gerar respostas em função dos tratamentos. Conclui-se que a utilização de lodo de esgoto como matriz orgânica na formulação de FOMs pode ser uma alternativa agronomicamente viável e sustentável à adubação mineral convencional para a fertilização da soja em solos de Cerrado. |