Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2009 |
Autor(a) principal: |
Villela, Edlaine Faria de Moura |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6132/tde-07082009-135730/
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Resumo: |
Introdução - No litoral sul do Estado de São Paulo, no período de 1975 a 1978, ocorreu uma epidemia, a Encefalite pelo arbovírus Rocio. A região foi objeto de estudo de diversos investigadores. Altas taxas de morbidade e mortalidade devido ao processo epidêmico foram observadas e causaram impacto socioeconômico. A maioria dos indivíduos infectados, no início da epidemia, era do sexo masculino e estava em idade produtiva, sendo trabalhadores rurais da região. Diante das limitações hospitalares e inespecificidade do tratamento na época, houve desde uma lenta convalescença, seqüelas até a ocorrência de óbitos, afetando a economia da região, que repercutiu principalmente na queda no turismo. Mediante este fato, justifica-se a importância deste estudo histórico-documental da encefalite por arbovírus Rocio. Objetivo - Objetivou-se relatar acontecimentos sociais e naturais, medidas clínicas, impactos midiáticos e avanços científicos relacionados à doença, verificando, a trajetória do Rocio. Método - Foi feita uma revisão de literatura de trabalhos publicados desde o início da epidemia até os dias atuais. As fontes consultadas foram teses, dissertações, livros, periódicos, bancos de dados de jornais e revistas, bases de dados cooperativas, relatórios de instituições públicas, contato com especialistas e comunicações em eventos. Resultados - Foi possível analisar como a mídia impressa relatou os acontecimentos sociais relacionados à epidemia e como foi a reação popular às notícias veiculadas, além de discutir a possibilidade de o homem voltar a ser acometido pelo Rocio, diante das atuais mudanças climáticas, acelerada urbanização e pressão sobre a cobertura vegetal no litoral sul do Estado, o que altera a ecologia das populações dessa região. Conclusões - Houve o desencontro entre informações veiculadas pela mídia e dados científicos fornecidos por pesquisadores e autoridades sanitárias, o que dificultava a aceitação da epidemia pela população e viabilizava a distorção de informações e criação de barreiras aos métodos de combate ao possível vetor. Ainda não se sabe como o vírus Rocio tornou-se emergente no litoral sul do Estado em 1975 e o porquê do seu silenciamento, entretanto é conhecido que esse arbovírus ainda mantém atividade, possibilitando o retorno da epidemia no país. |