Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
1985 |
Autor(a) principal: |
Marciano, Vitória Régia Péres da Rocha Oliveiros |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/44/44135/tde-25092015-102335/
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Resumo: |
Os corpos pegmatíticos daslavras do Olhos de Gato, Ferreirinha, Boi e Faria encontram-se localizados na Província Pegmatítica Oriental, distando 30 km a noroeste, da cidade de Governador Valadares, Minas Gerais; encaixados em biotita-xistos. Fez-se estudo mais detalhado nos dois primeiros corpos, nos quais a coleta de amostra foi realizada segundo perfis, que permitem a visualização do zoneamento interno, como também da evolução interna e a distribuição dos elementos alcalinos, alcalinos terrosos e outros, nos minerais das diferentes zonas. Os objetivos principais destes trabalho foram: (1) a caracterização morfológica, mineralógica e geoquímica de alguns pegmatitos; (2) definição do posicionamento geológico e estratigráfico desses corpos; (3) descoberta de evidências da evolução interna capazes de auxiliar o estudo petrogenético deles. A metodologia empregada para alcançar os objetivos já referidos foram: microscopia ótica, difração de raios-x, espectrografia por absorção de infravermelhos, microssonda eletrônica e datação de minerais através do método Rb/Sr. Os corpos estudados possuem mineralogia bastante simples, apresentando-se zoneados (na provável sequência de formação) : zona marginal com uma característica assembléia mineral: albita + quartzo + moscovita + turmalina (exceto na lavra do Ferreirinha que não possue turmalinas); zona mural com albita + microclina pertitizada + quartzo + berilo; zona intermédia com grandes cristais de quartzo e microclima pertitizada; núcleo de quartzo e corpos de substituição com formas irregulares e mineralogia variada. Além dos minerais acima citados ocorrem óxidos, sulfetos, fosfatos e outros silicatos. Os feldspatos, berilos, micas e columbo-tentalitas foram analisados quantitativamente através de diferentes métodos, tendo sido obtidos os dados referentes à malha elementar para os dois últimos. Os valores para a triclinicidade dos feldspatos potássicos, bem como os polítipos das micas (moscovitas e moscovitas litiníferas, 2\'M IND.1\' ou associação deste polítipo em 1M e 2\'M IND.2\', biotitas 1M e lepidolitas 2\'M IND.2); foram obtidos e lançados nos perfis. Através das análises por espectrografia por absorção de infravermelhos, constatou-se a presença, na estrutura da maioria dos minerais constituintes destes corpos de C\'H IND.4\', C\'O IND.2\', OH e \'H IND.2\'O. Este último método citado demonstrou a substituição do silício tetraédrico, pelo boro, nas micas, feldspatos, quartzos, berilos e granadas em corpos onde não há ocorrência de turmalina, ou quando o aparecimento dela é bastante restrito. O enriquecimento em elementos alcalinos nos feldspatos e micas é crescente da zona marginal em direção ao núcleo, enquanto para os elementos alcalinos-terrosos se dá em sentido contrário. A cristalização dos corpos do Olhos de gato e Ferreirinha parecem ter seguido o modelo proposto por Uebel, sendo apresentada e discutida no texto. As duas datações pelo método Rb/Sr são concordantes e representam o evento termo-tectônico Brasiliano, sendo interpretadas como a idade de cristalização dos pegmatitos. Quanto à origem, a geoquímica dos minerais, principalmente feldspatos e micas, como também a não ocorrência de corpos graníticos próximos aos pegmatíticos estudados, tende a ser interpretada como anatética. |