Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Marques, Leônidas de Santana |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8136/tde-01082022-150256/
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Resumo: |
A teoria do desenvolvimento desigual e combinado tem sido objeto de frequentes menções nas Ciências Humanas e Sociais a partir dos anos 1970, resultado tanto do acirramento das desigualdades em diferentes dimensões quanto da impossibilidade cada vez maior de escamotear as contradições do capitalismo. Embora esse constructo teórico não seja algo que possa ser confinado a nenhum campo científico disciplinar, nesta pesquisa analisamos detidamente o processo de recepção intelectual dessa teoria na Geografia no Brasil, debatendo sobre os caminhos desse movimento dada a sua importância nos escritos dessa ciência. O problema de pesquisa que moveu nossa pesquisa e que, com essa tese, nos propomos responder é: quais os caminhos de recepção da teoria do desenvolvimento desigual e combinado pela Geografia no Brasil? Neste sentido, nosso objetivo geral foi analisar os caminhos de recepção da teoria do desenvolvimento desigual e combinado pela Geografia no Brasil, considerando a produção acadêmica dessa ciência frente aos meandros do movimento intelectual da teoria. Em diálogo com nossa problemática de pesquisa e com o objetivo delimitado, acreditamos que a recepção da teoria do desenvolvimento desigual e combinado pela Geografia no Brasil se deu a partir de três caminhos, que se entrecruzam em diferentes momentos e contextos: a) o acesso direto aos escritos de Lenin, Trotsky, Mandel e outros autores basilares do marxismo que trataram da questão; b) a apropriação do debate já presente em outros intelectuais brasileiros sobre a questão das particularidades do desenvolvimento das relações capitalistas no Brasil; c) a incorporação de teorias e conceitos desenvolvidos principalmente pela geração de geógrafos marxistas que debateu a questão do desenvolvimento na segunda metade do século XX. Em linhas gerais, esses três caminhos de recepção levaram a uma apropriação com maior predominância da perspectiva leninista da teoria do desenvolvimento desigual na produção intelectual da Geografia no Brasil, em detrimento do debate relativo à teoria trotskista de desenvolvimento desigual e combinado. Não obstante, compreendemos que a teoria do desenvolvimento desigual e combinado apresenta uma potência sui generis, dado o olhar crítico que ela proporciona aos intelectuais que tentam compreender as contradições do desenvolvimento capitalista, ontem e hoje. |