Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2009 |
Autor(a) principal: |
Donadone, Juliana Cristina |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47133/tde-22022010-101949/
|
Resumo: |
Há debates sobre quais são os mecanismos responsáveis por mudanças ocorridas em psicoterapias. Pergunta-se se são as técnicas específicas ou as variáveis da relação terapêutica que propiciam os efeitos da terapia. Também tem sido questionado se mudanças comportamentais produzidas pela terapia são modeladas por contingências da relação terapêutica ou são governadas por novas regras produzidas na terapia. Nas pesquisas sobre emissão de regras (orientação) e autorregras (auto-orientação) anteriores a esta pesquisa não foram encontradas variáveis responsáveis por sua emissão. A determinação da utilização da estratégia de orientação ora parecia ser o cliente, ora o terapeuta, ora nenhum deles, ora o tema abordado, e possivelmente uma complexa combinação destas e de outras variáveis. O estudo detalhado das orientações e auto-orientações de 81 sessões de terapia analítico-comportamental foi realizado nesta pesquisa com o objetivo de verificar quais as variáveis responsáveis pela emissão de orientação e auto-orientação em intervenções clínicas comportamentais. Os resultados indicaram que a maioria dos terapeutas emitiu de 40 a 60 orientações nas nove sessões analisadas. Os clientes dos terapeutas independente da experiência apresentaram poucas auto-orientações. O número de orientações diminuiu para menos da metade quando se contaram apenas orientações com conteúdos e funções diferentes, indicando que os terapeutas tendem a \'repetir\' funcionalmente a orientação. Para as auto-orientações houve diminuição de um quarto ao se contarem aquelas com conteúdo e função diferente. O conjunto de terapeutas emitiu mais orientações para ação específica e genérica; e de forma similar os clientes estes terapeutas emitiram mais auto- orientações para ação específica e auto-orientações para ação genérica. Episódios de orientação/auto-orientação foram identificados nas 81 sessões, ocupando em média um terço das sessões dos terapeutas experientes e um quarto das sessões dos terapeutas pouco experientes. E nesses episódios havia diversos tipos de intervenção do terapeuta além da orientação. Orientações são emitidas de modo geral no seguinte contexto: clientes relatam uma situação vivenciada e algumas intervenções do terapeuta ocorrem. Quando clientes mostram dificuldade em assumir responsabilidade, enfrentar e avaliar seus comportamentos há fornecimento de regras pelo terapeuta. Os clientes na maioria das vezes concordam com as orientações recebidas, em um quarto das ocasiões se opõem a ela e em um sexto recebem novas orientações. Dois terços das auto-orientações foram seguidos de aprovação do terapeuta, mas ocorreram também reprovações. As variáveis intervenientes \"temas\", \"motivação\" e \"escolaridade\" foram consideradas e correlacionadas: existe pouca relação entre tema abordado e presença de orientação/auto-orientação; clientes motivados receberam mais orientações que os desmotivados e resistentes; quanto maior a escolaridade do cliente maior o número de auto-orientações. 10% da amostra foram avaliados por um juiz, com índices de concordância juiz-pesquisador satisfatórios indicando validade externa. Futuras pesquisas devem ser realizadas para correlacionar o uso de regras e os resultados das intervenções clínicas comportamentais. |