Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Joelsons, Daniel |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5134/tde-11122023-164700/
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Resumo: |
Introdução: A pneumonia adquirida na comunidade (PAC) é a principal causa de hospitalização nos Estados Unidos e a terceira principal causa de morte no Brasil. O padrão-ouro para diagnosticar a etiologia da PAC inclui cultura de sangue, escarro corado pelo método de Gram e cultura de escarro. No entanto, esses métodos possuem baixa sensibilidade. A etiologia da PAC no Brasil é ignorada há muitos anos. A escolha empírica de antimicrobianos é recomendada pelas diretrizes nacionais que é baseada principalmente nas diretrizes da IDSA. Objetivos: Primário: Identificar os principais agentes etiológicos causadores de pneumonia adquirida na comunidade de pacientes internados no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de São Paulo. Secundário: Avaliar o impacto da identificação etiológica utilizando o método PCR real-time no diagnóstico comparando com os métodos usuais (hemocultura e cultura de escarro/lavado bronco alveolar); avaliar a prevalência de coinfecção e sua associação com gravidade; avaliar a adequação da prescrição antimicrobiana empírica para o agente identificado pelas técnicas do estudo, analisando simultaneamente a prescrição excessiva. Materiais e métodos: Estudo unicêntrico, transversal, prospectivo, cego para o médico na assistência ao paciente, com duração de um ano (entre 19 de setembro de 2017 a 20 de agosto de 2018). Foi coletado swab nasofaringeo para identificação via mRT-PCT de 13 bactérias e 21 vírus. Resultados: Um total de 169 pacientes foram incluídos no estudo. O painel mPCR identificou o agente etiológico em 61,5% dos pacientes, com os vírus sendo os mais comuns (42,01%), liderados pelo Rhinovirus, seguidos pela Influenza e o Coronavírus (não SARS-CoV-2). Agentes bacterianos foram identificados em 34,91% dos pacientes, com o S. pneumoniae sendo o mais comum, seguido por H. influenzae, M. catarrhalis, e S. aureus. Esses agentes identificados diferem dos sugeridos pela última diretriz brasileira. Como consequência da identificação do agente etiológico, a prescrição para 92,3% dos pacientes poderia ser modificada, com a maioria das alterações envolvendo o descalonamento da terapia com antibióticos e antivirais. Conclusão: A identificação precisa dos principais agentes etiológicos da PAC é de suma importância para reconhecer os agentes mais prevalentes em nossa população, adequar a terapêutica medicamentosa, minimizar o uso desnecessário de antibióticos e reduzir o risco de óbito |