Resumo: |
O Brasil possui alta dependência externa por fertilizantes potássicos, o que deixa a produção agrícola do país sensível aos choques de oferta e demanda deste insumo. Diante desse cenário, fontes alternativas de potássio (K), como os fertilizantes organominerais (FOM), têm sido cada vez mais utilizadas na agricultura brasileira. Porém, há poucos estudos detalhados a respeito da dinâmica do K no solo e da resposta das plantas aos FOMs. Objetivou-se com esse estudo: (i) quantificar a liberação de K proveniente de um FOM e avaliar sua influência em atributos químicos, físicos e microbiológicos de um solo franco-arenoso, (ii) avaliar se o uso de FOM influencia as comunidades de bactérias e fungos do solo em comparação com o KCl e (iii) comparar os efeitos de doses de um FOM fonte de K baseadas no nível crítico (NC) de K para a cultura do milho (Zea mays) comparadas com o KCl. O FOM liberou K de forma mais gradual ao longo do tempo, o que pode ser benéfico para as plantas, pois proporciona uma oferta constante de nutrientes. A lixiviação de K no solo fertilizado com FOM foi mais lenta no experimento com colunas do que no solo fertilizado com KCl. O tratamento com FOM estimulou uma maior atividade microbiana, porém reduziu a riqueza e diversidade de bactérias e fungos no solo. Para as plantas de milho, o solo fertilizado com FOM apresentou eficácia equiparável ou superior ao KCl, especialmente em doses adequadas para a cultura. Doses acima do NC de K no solo não resultaram em ganhos de produtividade. Portanto, este estudo ressalta o potencial dos FOM como alternativa viável para a agricultura brasileira, que pode contribuir para a segurança e sustentabilidade da produção agrícola. |
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