Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Martins, Jéssica Santos |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5170/tde-03082023-162645/
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Resumo: |
Objetivos: Na parte 1 desta dissertação, o objetivo foi analisar a validade da versão brasileira do Motor Coordination Traffic Light Questionnaire (MC-TLQ) para rastreio do Transtorno do Desenvolvimento da Coordenação (TDC), e, na parte 2, analisar a viabilidade de um protocolo de Ensaio Clínico Aleatorizado Controlado Duplo-Cego de Estimulação Transcraniana por Corrente Contínua (ETCC) associada a exercícios para equilíbrio em crianças com TDC. Métodos: Na parte 1, 322 crianças de ambos os sexos, com idade entre 7 e 16 anos, foram classificadas pelo professor de sala utilizando o MC-TLQ como tem, talvez tenha ou não tem um problema de coordenação motora. Um examinador independente aplicou a Bateria de Avaliação de Movimento para Crianças (MABC-2) para identificação da dificuldade motora, sendo calculados a correlação (teste de Kendall), sensibilidade, especificidade e valores preditivos positivo e negativo do MC-TLQ com relação à MABC-2. Na parte 2, foram incluídas 9 crianças de ambos os sexos, com idade entre 7 e 16 anos, com pontuação 5% no domínio de equilíbrio da MABC2, ou com 16% no domínio de equilíbrio e 5% na pontuação total. As avaliações inicial e final incluíram a Escala de Equilíbrio Pediátrica, o Time Up and Go Test e a Avaliação Estabilométrica nas condições base padrão, semi tandem, olhos abertos ou fechados. Quatro crianças realizaram 10 sessões de exercícios de equilíbrio simultaneamente à ETCC (ânodo em Cz e cátodo em músculo deltóide direito, 1mA, 20 minutos), aleatorizadas nos grupos ETCC ativo ou sham. Foi feita análise descritiva. Resultados: Na parte 1, a correlação do MC-TLQ com MABC-2 foi tau=0,265 (p<0,001). Considerando apenas as crianças classificadas como tem problema de coordenação motora, o MC-TLQ teve valores de sensibilidade=26,9%, especificidade=91,2%, valor preditivo positivo=21,2% e valor preditivo negativo=93,4%. Considerando em conjunto as crianças classificadas como tem e talvez tenha problema de coordenação motora, os valores foram: sensibilidade=51,1%, especificidade=76,9%, valor preditivo positivo=45,4% e valor preditivo negativo=80,7%. Na parte 2, a avaliação durou cerca de 1h30. Houve boa aceitação e aderência de todas as crianças. As instruções para realização dos testes e dos exercícios foram adaptadas para cada idade. As tarefas da avaliação e do tratamento foram desafiadoras, porém, sem comprometer a segurança. O protocolo de intervenção foi realizado na escola ou residência da criança, durando 50 minutos no primeiro dia e 30 minutos nos demais. Das quatro crianças tratadas, uma não se adaptou ao uso da ETCC, sendo transferida para o grupo sham. Os principais efeitos adversos reportados foram formigamento e vermelhidão abaixo do eletrodo. Conclusões: O MC-TQL apresenta baixa sensibilidade e valor preditivo positivo. A especificidade e o valor preditivo negativo são mais expressivos, sendo este, portanto, um instrumento mais adequado para identificação de crianças sem problemas de coordenação. O protocolo de ETCC associado a exercícios para equilíbrio é viável em termos de tempo de duração, adequação, segurança dos procedimentos e efeitos adversos |