Exigências bioclimáticas e estimativa da produtividade para quatro cultivares de soja no estado de São Paulo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1984
Autor(a) principal: Camargo, Marcelo Bento Paes de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11131/tde-20220208-025342/
Resumo: Foram estudadas as exigências bioclimáticas dos cultivares de soja Paraná, Santa Rosa, Viçoja e UFV-1, nas condições do Estado de São Paulo, baseando-se em dados fenológicos obtidos de experimentos conduzidos pela Seção de Leguminosas do Instituto Agronômico, em Campinas, Ribeirão Preto e Pindamonhangaba, durante os anos agrícolas 1977/78, 1978/79 e 1979/80, com quatro épocas de plantio por ano agrícola. Inicialmente, analisou-se a relação entre temperatura do ar e razão de desenvolvimento dos cultivares, verificando-se que a temperatura-base para a fase fenológica plantio/maturação, em todos os cultivares foi 14°C. Com base nessa temperatura determinou-se os graus- dia (GD) necessários para os cultivares completarem a referida fase fenológica, em cada época de plantio; sendo necessários em média, 1336, 1275, 1227 e 1030 GD, respectivamente, para os cultivares UFV-1, Santa Rosa, Viçoja e Paraná. O comportamento fotoperiódico dos cultivares foi estudado para diferentes épocas de plantio, determinando-se sua influência na duração do ciclo plantio/maturação. O efeito da época de plantio na duração do ciclo mostrou-se muito mais acentuado nos cultivares de ciclo médio e longo, mostrando-se muito mais afetadas pelo fotoperiódico. As precoces praticamente não foram influenciadas. O acompanhamento da disponibilidade hídrica no solo foi feito através do método do balanço hídrico de Thornthwaite eMather-1955, em base decendial, considerando-se uma retenção de água no solo de 125nm. A partir desses resultados, desenvolveu-se um modelo agrometeorológico de estimativa de produção de grãos, baseado na penalização de produtividades potenciais de cada cultivar de soja, em função das condições meteorológicas reinantes durante o desenvolvimento da O modelo proposto foi o seguinte: Y Est = Y Pot . F Ter·. F Def . F Exc onde: Y Est = produtividade estimada; Y Pot = produtividade potencial do cultivar em cada localidade; F Ter= fator térmico correspondente à penalização pelos graus-dia acumulados; F Def = fator referente à penalização para. déficit hídrico e F Exc = fator correspondente ã penalização para excedente hídrico. As estimativas da produtividade da soja, pelo modelo agrometeorológico proposto, mostraram-se bastante satisfatórias. Os coeficientes de determinação, entre dados observados e estimados variaram de 0,76 a 0,87, para os quatro cultivares estudados.