Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
Kobata, Clarice Marie |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5133/tde-20092010-171934/
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Resumo: |
Introdução: Eczemas são manifestações inflamatórias da pele. Na infância se destacam a dermatite atópica (DA) e a dermatite de contato (DC). Os testes de contato correspondem a um método auxiliar para diferenciar a dermatite de contato por irritante primário (DCIP) da dermatite de contato alérgica (DCA) e definir a etiologia da DCA. Nos pacientes com DA, têm a faculdade de também auxiliar na identificação de substâncias que possam estar contribuindo para a piora do quadro. Objetivos: verificar a frequência de testes de contato positivos em crianças com hipóteses diagnósticas de DC e de DA associada ou não à DC; obter os principais sensibilizantes nessa faixa etária e comparar os dados obtidos entre os grupos de pacientes com DC e DA. Métodos: Durante o período entre julho de 2007 e agosto de 2009, 62 crianças com idades entre 2 e 12 anos foram submetidas aos testes de contato com a bateria padrão e/ou bateria de cosméticos de testes de contato padronizadas pelo Grupo Brasileiro de Estudos em Dermatite de Contato. As leituras foram realizadas em 48 e 96 horas. Resultados: Entre os 62 pacientes submetidos aos testes de contato, 38 pacientes apresentaram pelo menos um teste de contato positivo e 24, todos negativos. Entre os 44 pacientes com hipótese diagnóstica inicial de DA, 19 tinham DA associada à DCA. Entre os 18 pacientes com hipótese diagnóstica inicial de DC, 12 apresentavam DCA. No total, foram encontrados 76 testes positivos, sendo 53 (70%) relevantes, e 23 (30%) não relevantes com a história clínica do paciente. Os pacientes com DA apresentaram mais testes positivos não relevantes do que os pacientes com hipótese diagnóstica apenas de DC, e essa diferença foi estatisticamente significativa.( 2 = 6,55 e p = 0,01 ). Considerando os testes relevantes com a história clínica, o sulfato de níquel foi o principal sensibilizante com 14 (22,6%) testes positivos, a neomicina foi o segundo sensibilizante mais comum com sete testes positivos (11,3%), e a terceira substância mais comum foi o cloreto de cobalto com quatro (6,4%) testes positivos. Testes não relevantes foram encontrados em 30% do total de substâncias com testes positivos. O timerosol foi positivo em 11 casos, porém em oito pacientes com DA não foram relevantes com a história clínica. Conclusões: Pacientes na faixa etária entre 2 e 12 anos com DA e DC apresentaram testes de contato positivos, e não houve diferenças quanto à frequência dos testes positivos entre esses dois grupos. Os principais sensibilizantes relevantes com a história clínica foram o sulfato de níquel, a neomicina e o cloreto de cobalto, o que está de acordo com vários estudos na literatura. Pacientes com DA apresentaram mais testes falso-positivos que os pacientes com DC, possivelmente por um defeito da barreira cutânea dos pacientes com DA, e maior exposição precoce aos medicamentos tópicos ou emolientes para o controle da DA. Teste de contato em crianças pode ser considerado importante ferramenta para auxiliar no diagnóstico dos eczemas, identificando o agente causador da DC ou de piora nos casos de DA, e deve ser levado em conta em todos esses pacientes |