Biodistribuição De Nanopartículas De Quitosana Complexadas Com O Peptídeo Imunomodulador P10 E Avaliação De Sua Associação Com Anticorpos Monoclonais Sintéticos No Tratamento Da Paracoccidioidomicose Em Modelo Experimental Murino

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Júnior, Samuel Rodrigues dos Santos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
PCM
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/42/42132/tde-22062023-154055/
Resumo: A Paracoccidioidomicose (PCM) é uma doença fúngica causada pelos fungos termodimórficos do gênero Paracoccidioides spp. Esta micose inicia-se pela inalação de propágulos fúngicos que, ao atingirem o pulmão, se transformam nas leveduras patogênicas, causando a doença. A PCM é uma doença granulomatosa e que pode apresentar duas formas clínicas principais, aguda/subaguda ou crônica. A evolução ou a contenção da doença depende da resposta imunológica gerada pelo hospedeiro. A forma aguda/subaguda acomete geralmente crianças, adolescentes, e jovens adultos; pessoas imunocomprometidas também podem ser afetadas. A forma crônica acomete principalmente homens com idade acima dos 30 anos, devido a um declínio da robustez do sistema imunológico, focos antigos podem ser reativados fazendo com que as leveduras contidas nos granulomas, principalmente nos pulmões, se espalhem gerando uma doença disseminada ou fiquem contidas em um único órgão. O tratamento da PCM é feito com quimioterápicos, mas uma significativa parte dos pacientes acabam abandonando o tratamento, devido aos efeitos colaterais e ao prolongado período de tratamento. O uso de anticorpos monoclonais no controle da PCM foi estudado experimentalmente sendo alguns destes anticorpos promissores no controle da doença. A terapia baseada em anticorpos monoclonais ainda é restrita, mesmo em pesquisas científicas, devido ao alto custo de produção e o nível de especialização necessário para produzi-lo e purificá-lo, gerando assim grande demanda para novas formas de expressão heterólogas, possíveis somente pelo sequenciamento dos genes responsáveis pela produção dos anticorpos. O uso de vacinas (terapêuticas) que promovam resposta imune celular robusta, principalmente dos tipos Th1 e Th17, pode ser uma alternativa combinada ao tratamento convencional. Ao longo do tempo já foi demonstrado que o peptídeo P10 de P.brasiliensis é capaz de promover a resposta imune Th1 e Th17 levando a redução da carga fúngica, mas seu uso ainda precisa ser otimizado sendo complexado ou co-administrado com nanopartículas de quitosana pela via intranasal. A utilização de nanopartículas de quitosana reduziu a quantidade de peptídeo P10 utilizado para a estimulação do sistema imune. O número de doses necessárias efetivas para ativação da resposta celular e redução da carga fúngica foram alvo de nosso estudo. A utilização de nanopartículas de quitosana fluorescentes demonstrou que uma significativa quantidade de nanopartículas ficam aderidas nas mucosas das vias aéreas superiores, estimulando o sistema imune a promover uma resposta celular do tipo Th1 e Th17, reduzindo a carga fúngica dos pulmões e se provando como uma excelente candidata para o tratamento da PCM.