Ventilação manual e insuflação pulmonar sustentada em modelo experimental: influência do tipo de equipamento e do treinamento dos responsáveis pela operação

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Prado, Cristiane do
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5141/tde-02052016-085554/
Resumo: INTRODUÇÃO: Picos de pressão inspiratória excessivos e elevados volumes correntes (VT) durante a ventilação manual podem iniciar a resposta inflamatória no pulmão do prematuro. A manobra de insuflação pulmonar sustentada (IPS) tem sido estudada como um procedimento para melhorar a aeração pulmonar imediatamente após o nascimento. OBJETIVO: Avaliar a influência do ventilador manual em T (peça T) e do balão autoinflável (BAI) nas variáveis de mecânica respiratória durante a ventilação manual e a manobra de IPS, além da influência do treinamento como instrutor do Programa de Reanimação Neonatal da Sociedade Brasileira de Pediatria (PRN-SBP), na qualidade da ventilação. MÉTODOS: Em um estudo experimental, prospectivo e randomizado, 114 indivíduos, entre instrutores e não instrutores do PRN-SBP, ventilaram um manequim neonatal intubado, equivalente a um recém-nascido de 2500 gramas, por períodos de três minutos, utilizando um BAI e a peça T. A escolha do primeiro equipamento foi feita por randomização e os operadores não tinham acesso aos dados de mecânica respiratória durante a gravação. Ao final da ventilação manual, foi solicitado que cada indivíduo realizasse uma manobra de IPS durante 10 segundos, a uma pressão de 20 cmH2O. Para cada parâmetro de mecânica respiratória obtido durante a ventilação manual e a IPS, foi realizada uma comparação direta entre os equipamentos, considerando a formação e o treinamento dos participantes. Os dados foram obtidos por um sistema informatizado que permitiu a análise posterior. RESULTADOS: Em relação à ventilação manual, foi encontrada uma diferença nos valores do VT e do TI entre os equipamentos. Com o uso do BAI o VT foi de 28,5 (12,6) mL, mediana (amplitude interquartil) no grupo instrutores e 31,6 (14,0) mL no grupo não instrutores, enquanto que com a peça T foi de 20,1 (8,4) mL e 22,3 (8,8) mL, respectivamente. O TI encontrado com o uso do BAI foi de 0,5 (0,2) segundos, mediana (amplitude interquartil), tanto para instrutores como para não instrutores, enquanto que com a peça T foi de 1,0 (0,6) segundos e 1,1 (0,9) segundos, respectivamente. Em ambos os parâmetros não foram observadas diferenças entre os grupos de profissionais. A capacidade do operador de manter uma pressão alvo de 20 cmH2O durante os 10 segundos de IPS foi avaliada através da área sob a curva de pressão (ASC), que foi 1,7 vezes maior com o uso da peça T em relação ao BAI (p < 0,05). A pressão inspiratória máxima aplicada para a realização da IPS foi maior com o uso do BAI, enquanto que a pressão média das vias aéreas, avaliada entre o início e o final dos 10 segundos de procedimento, foi maior com o uso da peça T. Novamente não foram observadas diferenças entre os grupos de profissionais. CONCLUSÃO: A peça T resultou em menores valores de VT e maiores valores de TI independente do treinamento como instrutor do PRNSBP. A peça T permitiu uma maior eficácia na realização da manobra de IPS, representada pela manutenção da pressão alvo pelo período desejado e por uma maior pressão média nas vias aéreas em relação ao BAI