Efeitos de alguns inseticidas no controle da lagarta Ascia monuste orseis (Godart, 1819) (Lepidoptera: Pieridae) e na atividade do predador Allograpta sp. (Diptera: syrphidae) em brassicaceae

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2002
Autor(a) principal: Drummond, Fabiane Abreu
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11146/tde-20191218-180526/
Resumo: As brassicáceas são freqüentemente atacadas por pragas, destacando-se, dentre elas, Ascia monuste orseis (Godart, 1819) (Lepidoptera: Pieridae), cujas lagartas consomem as folhas com tal voracidade que podem levar à destruição da cultura. Juntamente com essa praga é comum a ocorrência de pulgões das espécies Brevicoryne brassicae e Lipaphis erysimi (Hemiptera: Aphididae) frequentemente atacados pelo predador Allograpta sp. (Diptera: Syrphidae). Esse predador é comumente encontrado alimentando-se de pulgões, praga que causa apreciáveis danos em brassicáceas (couve, couve-flor, brócolis, etc.), algumas representadas por folhas e/ou flores para consumo; por isso, deve-se evitar o uso de certos inseticidas que, além de deixarem resíduos tóxicos ao ser humano, constituem fontes de poluição ambiental. O presente trabalho teve como objetivo: 1) testar os efeitos da aplicação de alguns inseticidas considerados pouco tóxicos aos mamíferos, em dosagens adequadas, sobre as lagartas de A. monuste orseis e sobre as larvas do predador de afídeos Allograpta sp.; 2) observar se tais produtos podem afetar o predador Allograpta sp., geralmente presente na cultura sobre as populações de afídeos. O experimento foi realizado no Departamento de Entomologia, Fitopatologia e Zoologia Agrícola da Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz" (ESALQ/USP), inicialmente, foi desenvolvida a biologia e a criação do predador Allograpta sp., dos pulgões Lipaphis erysimi ou Brevicoryne brassicae e da lagarta A. monuste orseis, em condições normais de laboratório. As lagartas e as larvas foram submetidas à contaminação de inseticidas seletivos ou pouco tóxicos aos mamíferos. Os produtos utilizados foram: abamectin (Vertimec), azadirachtina (Nim), methoxifenozide (Intrepid), tebufenozide (Mimic), diflubenzuron (Dimilin) e methoprene (Kabat), utilizando a metade da dosagem recomendada. O abamectin, diflubenzuron e azadirachtina foram eficazes no controle da praga e, ao mesmo tempo, seletivo ao predador. Observou-se que, no tratamento com abamectin, houve maior consumo de pulgões pelo predador, durante o seu desenvolvimento larval, sendo considerado o tratamento de melhor desempenho, devido ao aumento da predação de pulgões e também ao ciclo do predador, tornando-o mais eficaz no controle do pulgão