Alex Flemming e o corpo: bodybuilders

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Tolotti, Lucas Procopio de Oliveira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/93/93131/tde-16102019-164230/
Resumo: Alex Flemming, artista brasileiro que vive em Berlim, é dono de um percurso estético movido por diversos temas e pelo emprego de variadas técnicas. Entre os temas mais presentes no repertório do artista, surge a representação do corpo e as questões que o envolvem essa temática aparece como foco central ou está adjacente em muitos trabalhos. O corpo, então, pode ser tomado como um dos eixos orientadores para a compreensão da obra do artista. Dessa maneira, a partir dos conceitos que envolvem a história da arte, o presente estudo tem como objetivo analisar a trajetória de Alex Flemming, observando suas motivações, meios, técnicas e soluções plásticas para as questões que envolvem a representação do corpo, mais precisamente àquelas relacionadas a série de obras Bodybuilders. Produzida a partir de 1997, a série elege como elemento central a figura do bodybuilder indivíduo que constrói o corpo a fim de deixá-lo musculoso para pensar questões emergentes do final do século XX e começo do século XXI: fronteiras políticas; globalização, colonialismo e suas consequências; novas tecnologias e avanços científicos. Todos esses assuntos são mediados pelo corpo, atravessado pelo contexto da época em questão. Partindo da trajetória do artista e de um recorte que apresenta o estado do corpo na arte contemporânea, a pesquisa procura evidenciar aspectos presentes na obra do artista tais como as ideias de vida, morte e erotismo que se colocam de maneira espiral em sua produção que vão resultar em Bodybuilders. Utilizando as teorias do filósofo francês Michel Foucault, um panorama dos assuntos de disciplina e biopolítica é trazido à tona como maneira de completar teoricamente o que é desenvolvido por Flemming, principalmente em três séries que precedem a do objeto de pesquisa: Natureza-morta (1978), Eros expectante (1980) e Atletas (1989). São averiguados, então, momentos do corpo na produção do artista como maneira de aproximação para melhor compreender a série Bodybuilders, e dessa reflexão é possível compreender o lugar de Flemming tanto dentro da história da arte brasileira como em relação ao contexto contemporâneo em que se insere.