Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2006 |
Autor(a) principal: |
Bacarin, Tatiana de Almeida |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5163/tde-29012007-163518/
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Resumo: |
A perda da sensibilidade decorrente da complicação crônica da neuropatia diabética periférica distal faz com que os mecanismos de proteção contra microtraumas e dor estejam ausentes, predispondo o pé diabético à ulceração, podendo evoluir para amputações do membro inferior. A presença de deformidades nos pés aumenta a sobrecarga quando associada as alterações sensoriais. O objetivo deste estudo foi investigar a influência da neuropatia diabética e da história de úlceras plantares na sensibilidade somatossensorial e na distribuição da pressão plantar durante o andar descalço entre diabéticos neuropatas com (GDU) e sem (GD) história de úlcera plantar com não diabéticos assintomáticos (GC), a fim de verificarmos se a presença de ulceração plantar na história clínica de diabéticos neuropatas, incidência de deformidades do pé e a perda sensorial influenciam no padrão dinâmico da distribuição da pressão plantar. A casuística foi composta de 44 sujeitos sendo 19 sujeitos no GC, 16 no GD e 9 no GDU. Foram avaliadas as ensibilidades tátil, térmica e a cronaxia sensitiva e realizada a avaliação inâmica da distribuição da pressão plantar durante a marcha descalça, utilizando as palmilhas do sistema PEDAR ® da Novel, em cadência auto-selecionada. A sensibilidade e as variáveis de ressão plantar foram comparadas entre os rupos em cinco áreas plantares de ambos os pés: calcanhar, meio-pé, antepé lateral, antepé medial e hálux.Os grupos foram comparados por meio dos testes Kruskal-Wallis e ANOVA one-way, adotando alfa de 5%. O tempo de diabetes e o escore do questionário que avaliava a sintomatologia dos diabéticos, não diferenciaram os grupos neuropatas em relação à gravidade da doença. O GDU apresentou maior quantidade de áreas plantares com perda sensorial para todas as modalidades testadas e maior incidência de indivíduos com valores de sensibilidades anormais. Ambos os grupos neuropatas apresentaram maior área de contato no calcanhar em relação ao GC (p=0,0063) e apenas o GDU apresentou maior área de contato no antepé medial em comparação com o GC (p=0,0384). Não houve diferença entre os grupos para os picos de pressão para todas as áreas testadas. A integral da pressão (kPa.s) apresentou diferença entre os grupos para a região do meio-pé (GC: 37,4 ± 12,8; GD: 43,4 ± 9; GDU: 69,1 ± 35,5; p=0,0001) e maiores valores para os neuropatas em relação ao GC no antepé lateral (GC: 92 ± 25,3; GD: 104,9 ± 25; GDU 108 ± 28; p=0,02) e no antepé medial (GC: 98,9 ± 22,6; GD: 113,2 ± 29,7; GDU: 128,1 ± 34,2; p=0,0029). O GDU apresentou maior carga relativa na região do meio-pé em comparação com o GC e menor carga relativa para as regiões do antepé lateral em comparação com os dois outros grupos e para o hálux em comparação com o GC. Concluiu-se que os sujeitos já ulcerados apresentam pior déficit sensorial. A presença de úlcera na história clínica não interferiu nos picos de pressão e na área de contato, mas a variável integral da pressão parece sofrer influência do déficit sensitivo, e apresentou maiores valores entre os neuropatas já ulcerados. |